Folha não poupa aliado e Cunha tem que desmentir factoide com Dilma

Declaradamente contrário à regulação da mídia e queridinho dos empresários dos meios de comunicação, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve que vir a público para reclamar nesta segunda-feira (2), por meio de sua página no Twitter, das intrigas que, particularmente, o jornal Folha de S.Paulo fez entre ele e a presidenta Dilma Rousseff.

Twitter de Cunha sobre factoide da Folha com Dilma - Reprodução GGN

O motivo de tal insatisfação foi a cobertura feita pela Folha do ato político em comemoração aos 450 anos do Rio de Janeiro, neste domingo (1º/3), em que o jornal afirma que Cunha tratou com "frieza" a presidenta Dilma durante encontro.

Cunha desmentiu a Folha dizendo que “não tem fundamento” a publicação do jornal paulista dando conta de que ele mal teria cumprimentado a presidenta. E não ficou por ai. Disse que “as intrigas visam confundir as eventuais divergências [entre o posicionamento de ambos] com falta de educação e de civilidade".

Quando se trata de criar factoides, a grande mídia não poupa esforços, mesmo que entre os envolvidos esteja um aliado. Na publicação intitulada "Dilma e Cunha se tratam com frieza em celebração dos 450 anos do Rio", o repórter da Folha diz que a presidenta "Dilma não dirigiu a palavra ao congressista, que também adotou postura semelhante".

A ficção da Folha foi rica em detalhes: "Quando Pezão agradeceu a presença de Cunha, Dilma deu três aplausos pouco entusiasmados. Em seu discurso, no entanto, a presidente mencionou a presença de Cunha, que esboçou um sorriso e inclinou levemente a cabeça em agradecimento", disse o jornal.

Sem fundamento

O presidente da Câmara disse que “conversou normalmente” com Dilma. "Não tem fundamento a publicação da Folha de S. Paulo de hoje que eu no evento de ontem [dia 1º de março] mal teria cumprimentado a Presidenta", publicou ele na rede social. E completou: “A Presidenta foi gentil e conversou normalmente, aliás, como sempre fez quando estivemos juntos”.

Venenosa como como todo fofoqueiro da pior estirpe, a Folha sustentou que, após elogios a Paes e Pezão, a presidenta teria resumido sua referência ao presidente da Câmara à seguinte declaração: "Queria cumprimentar um outro carioca, que é o Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e a senhora Cláudia Cruz".

"Acima de tudo sou educado o suficiente para tratar a Presidenta com o respeito que merece", disse Cunha, dizendo que ele e Dilma ficaram bastante tempo juntos, aguardando o início do evento.

Do Portal Vermelho, com informações do Jornal GGN