Libéria registra semana sem novos casos de ebola

A epidemia de ebola na Libéria registrou, pela primeira vez desde maio, uma semana completa sem novos casos confirmados da doença, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Funcionários de clínica removem paciente de ebola na África

A Libéria “informou não ter novos casos confirmados” durante a semana até 1º de março, diz a agência das Nações Unidas para a saúde, em relatório divulgado nesta quinta-feira (5).

Desde que o surto começou, em dezembro de 2013, foram infectadas pelo vírus 23.969 pessoas em nove países, das quais 9.807 morreram, segundos os últimos balanços.

Das 9.807 mortes, 4.117 ocorreram na Libéria, que há seis meses registrava mais de 300 novos casos por semana.

Vacina

Os últimos testes clínicos antes da comercialização de uma vacina contra o vírus ebola vão começar sábado (7) na Guiné-Conacri, anunciou nesta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde.

Os testes em milhares de pessoas vão ser supervisionados pela OMS, pelo Ministério da Saúde guineense, pela organização Médicos Sem Fronteiras, pelo Epicentro e o Instituto da Saúde Pública norueguês.

A vacina VSV-Ebov foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública do Canadá. "Trabalhamos duramente para chegar a esse ponto", declarou Margaret Chan, diretora-geral da OMS, em comunicado. "Se essa vacina for considerada eficaz, será uma grande vitória na prevenção contra o vírus", acrescentou.

A vacinação será feita na região da Baixa Guiné, que conta atualmente com o maior número de casos da doença.

"A epidemia de ebola mostra sinais de recuo, mas não podemos baixar a guarda até ter eliminado todos os casos", disse Marie-Paule Kieny, sub-diretora-geral da OMS, citada na nota. Ela coordena a investigação e o desenvolvimento de tratamentos contra o vírus.

Desde setembro passado, duas vacinas contra o ebola foram testadas em 15 países da África, Europa e América do Norte.

A vacina canadense VSV-Ebov foi homologada em nome do laboratório NewLink Genetics, antes dessa empresa e da Merck terem anunciado a colaboração, em 24 de novembro.

A segunda vacina mais avançada é a da GlaxoSmithKline-Bio (GSK), denominada ChAd3-Zebov. Os institutos para a saúde dos Estados Unidos colaboraram na fabricação do produto.

De acordo com os últimos dados da OMS, divulgados nessa quarta-feira (4), foram registrados 51 novos casos confirmados da doença na passada semana, contra 35 na semana anterior, na Guiné-Conacri. O balanço até agora é 3.219 casos e 2.129 mortes.

Do Portal Vermelho, com informações da Agência Brasil