Listados pelo STF: Renan critica Janot e Cunha quer ver os autos

A divulgação da lista de 48 parlamentares, ex-parlamentares, um ex-ministro e uma ex-governadora que serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da Operação Lava Jato, nesta sexta-feira (6), repercute.

Renan e Cunha

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota pública na qual volta a negar que tenha “ultrapassados os limites institucionais” em suas relações políticas. Ele diz que irá se explicar sobre a autorização do STF para que seja aberto inquérito sobre a sua participação nos casos de irregularidades

Renan critica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por não tê-lo ouvido antes de encaminhar ao STF o pedido de inquérito. “Como maior interessado no inquérito, apesar do atropelamento do Ministério Público, que poderia ter evitado equívocos me ouvindo preliminarmente, considero que este é único instrumento capaz de comprovar o que venho afirmando desde setembro do ano passado”.

O presidente do Congresso nega, também, que tenha autorizado o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) a falar em seu nome em qualquer negociação. Renan diz que dará as respostas que a Justiça pedir.

“Nas democracias todos – especialmente os homens públicos – estão sujeitos a questionamentos, justos ou injustos. A diferença está nas respostas. Existem os que têm o que dizer e aqueles que não. Quanto a mim, darei todas as explicações à luz do dia e prestarei as informações que a Justiça desejar”, afirmou Renan.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou sua conta no Twitter para falar sobre a lista divulgada pelo Supremo. “A confirmação de que o PGR [Procuradoria-Geral da República] pediu abertura de inquérito contra mim merecerá a devida resposta assim que tiver conhecimento do conteúdo”, escreveu.

O PP, partido que mais teve membros listados entre os que serão investigados pela PGR, também divulgou nota pública. A legenda diz que não compactua com atos ilícitos e confia na apuração da Justiça para que a verdade prevaleça nas investigações da Operação Lava Jato. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), que também será investigado, disse que só irá se manifestar quando tomar conhecimento dos autos.


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Fonte: Agência Brasil