Contra demissões, trabalhadores da Sabesp decidem por greve
Em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Água e Esgoto do Estado de São Paulo (Sintaema), nesta terça-feira (10), centenas de trabalhadores da Sabesp aprovaram greve a partir do dia 19 de março por tempo indeterminado. A greve é em repúdio a 400 demissões feitas pela Sabesp desde janeiro.
Publicado 11/03/2015 12:02

"Não podemos admitir isso. Os trabalhadores são essenciais em todas as situações, e principalmente em um momento como este de crise hídrica. Somos totalmente contra qualquer demissão. Os trabalhadores e a população não podem ser penalizados enquanto a Sabesp quer agradar e atender a demanda dos acionistas”, disse o presidente do Sintaema, Rene Vicente.
Além da revogação das demissões, os trabalhadores aprovaram o ingresso de uma Medida Cautelar preparatória de dissídio coletivo de natureza jurídica por não concordar com as demissões e também vão entrar com ação coletiva para exigir o pagamento imediato e retroativo do cálculo da periculosidade sobre horas-extras.
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Rene, presidente do Sindicato, disse que demissões só agravam a crise |
"Em um momento de crise, não é hora de demitir. Se as demissões continuarem, o trabalho e o serviço à população serão prejudicados", enfatizou Rene, que destacou que a greve será organizapra de maneira a não prejudicar a população. "Nós não queremos que a população sofra mais, por isso manteremos um número mínimo de funcionários nas estações. E cuidaremos também para que funcionários trabalhem em caso de grandes emergências".
Em 2014 a Sabesp cortou R$ 1,1 milhão de seu orçamento para compensar a deterioração de suas finanças. E agora pede à agência reguladora o reajuste da tarifa da água a partir de abril para tentar sanar os confres da empresa.
Do Portal Vermelho, com informações do Sintaema e de agências