Servidores podem declarar greve geral

Sindicatos de servidores do GDF realizaram ato público em frente ao Palácio Buriti, na manhã de quarta-feira (11). Os trabalhadores, representados por 17 sindicatos e 15 associações, votaram e aprovaram o estado de greve. Eles continuarão trabalhando, mas, caso a ação do MP seja desfavorável aos servidores, eles entrarão em greve geral. O governador Rodrigo Rollemberg disse reconhecer o direito dos servidores de fazer o protesto, mas criticou o bloqueio do Eixo Monumental.

Servidores podem declarar greve geral

De acordo com a Polícia Militar, 1,5 mil pessoas participam do protesto. O ato foi realizado em repúdio contra uma ação que o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) ingressou questionando a constitucionalidade das leis que concederam reajustes às categorias, na gestão do petista Agnelo Queiroz. Para o MPDFT, os reajustes foram concedidos, mas não houve previsão orçamentária. O Tribunal de Justiça acolheu a ação e julgará se a constitucionalidade das leis, aprovadas pela Câmara Legislativa em 2013.

“Enquanto a Justiça não decide, a lei está valendo. Tem que pagar”, afirmou o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle. Mas não tem dinheiro, ele completa. “Se formos pagar todos os reajustes concedidos sem cobertura orçamentária, aqueles fornecedores que estão esperando receber desde 2014, por exemplo, vão esperar mais tempo”, explica. A diretora do Sindicato dos Enfermeiros, Acássia Perpétuo, denunciou que o governador Rollemberg está dando um golpe nos servidores. Ele quer retirar nossos reajustes se escondendo atrás do MP e secretários."

Para o presidente do SindMédico, Gutemberg Fialho, 150 mil servidores serão prejudicados com a suspensão dos reajustes: “É um ato de repúdio e protesto contra a ação do Ministério Público. Isso tem deixado quase meio milhão de pessoas inseguras”, levando em conta as famílias dos servidores de 33 categorias que tiveram reajuste.