Temer discute com base aliada ajuste fiscal e combate a corrupção 

O vice-presidente da República, Michel Temer, recebeu na manhã desta terça-feira (17), os líderes de partidos da base aliada do governo e ministros para debater as propostas de ajuste fiscal e adiantar alguns pontos das medidas anticorrupção que serão anunciadas em breve pelo Palácio do Planalto. 

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O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que foi importante adiantar os pontos das medidas anticorrupção para a base para que ninguém "seja pego de surpresa", mas não falou sobre nenhum detalhe do que foi tratado na reunião.

Segundo ele, são cerca de 10 pontos, alguns já conhecidos e que já tramitam no Congresso, e várias novidades. "A presidente vai dialogar com todos os setores, com o Ministério Público, com a OAB, com a Igreja, e principalmente com o Parlamento. Inauguramos uma nova fase na relação do Executivo com o Parlamento."

José Guimarães disse que a base do governo já demonstrou união na manutenção de vetos presidenciais na semana passada. Segundo ele, nova demonstração será dada na votação do ajuste fiscal após ele ser negociado com as lideranças políticas.

Participaram do encontro os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça; Aloizio Mercadante, da Casa Civil; Carlos Gabas, da Previdência Social; Pepe Vargas, das Relações Institucionais; e George Hilton, dos Esportes.

Ajuste fiscal

Por falta de acordo entre a liderança do governo no Congresso e os partidos da base aliada e da oposição, não foram instaladas, na tarde desta terça-feira (17), as comissões mistas que irão analisar as medidas provisórias do ajuste fiscal – MPs 664, 665 e 668. Haverá uma nova tentativa de instalação ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira (19) pela manhã.

A dificuldade está na definição dos parlamentares que irão atuar como presidente e relator das MPs, principalmente das trabalhistas (664 e 665), que alteram as regras de concessão da pensão por morte e do seguro desemprego; do abono salarial e do seguro-defeso pago ao pescador artesanal.

Foi fechado acordo apenas para os blocos que comandarão os dois cargos nas MPs. A presidência da comissão mista da MP 664 ficou com o bloco liderado pelo PMDB na Câmara dos Deputados (PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN). A relatoria ficará com o bloco PT-PDT-PP do Senado.

No caso da MP 665, a presidência coube ao bloco PT-PDT-PP do Senado, e a relatoria ficou com o bloco PT, PSD, PR, Pros e PCdoB na Câmara.

Do Portal Vermelho
De Brasília, com Agência Câmara