Senadores criticam temas das manifestações anti-Dilma 

As manifestações de domingo (15) contra o governo da presidenta Dilma Rousseff repercutiu nos discursos dos senadores esta semana. Os parlamentares da base aliada demonstraram preocupação com o mote das reivindicações. Ao fazer uma análise das manifestações de sexta-feira (13) e de domingo (15), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB- AM) estranhou que no protesto do domingo o tema reforma política não tenha sido defendido pelos manifestantes. 

Senadores criticam temas das manifestações anti-Dilma - Agência Senado

Para o senador Humberto Costa (PT-PE) os que pedem melhorias com a adoção de medidas criminais e ilegais não podem ser considerados democratas ou defensores da ética. Costa disse que muitos manifestantes não têm qualquer apreço pelo regime democrático, e procuram resolver os problemas da sociedade por meio da força, a supressão do diálogo, o desrespeito à lei , o golpismo e xingamentos.

Citando pesquisa do Instituto Datafolha, a senadora Vanessa Grazziotin revelou que enquanto as manifestações de sexta-feira, organizadas por centrais sindicais, eram de luta contra possível perda de direitos trabalhistas e de defesa da reforma política e da Petrobras, nos protestos de domingo, o foco era o co0mbate a corrupção, o impeachment da presidenta Dilma e o repúdio ao PT e aos políticos.

“Eu me admiro de não ver a reforma política (nas manifestações de domingo), porque falar contra a corrupção é defender as mudanças nas estruturas do Estado brasileiro. Enquanto a gente tiver empresas financiando campanhas, partidos, a gente vai continuar vivendo esses problemas”, avalia a senadora.

Humberto Costa afirmou que o momento exige reflexão da sociedade para elevar o nível do debate político no Brasil. Ele disse que as agressões à Dilma envergonham a maioria dos brasileiros, mesmo aqueles que não votaram na candidata do PT. Para o senador, quem defende a intervenção militar ou o "fora Dilma" agride a democracia.

“Se queremos discutir novas propostas para o pais, não podemos dar as costas ao diálogo ou tentar impedir a participação dos que o desejam, querendo sufocar o debate no grito. Isso não é democrático”, afirmou.

Do Portal Vermelho
De Brasília, com agências