Prossegue convocação para marcha pela paz na Colômbia
A marcha prevista para o próximo dia 9 de abril respaldará os diálogos em busca da paz e os recentes anúncios como o início de um processo de retirada de minas no território colombiano, confirmaram, nesta quinta-feira (26), promotores da mobilização.
Publicado 26/03/2015 11:57

Adicionalmente, os manifestantes celebrarão a suspensão dos bombardeios contra as Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), e exigirão a instauração do cessar-fogo bilateral, como medida de reciprocidade do Governo diante da trégua militar decretada por esse movimento insurgente desde dezembro passado.
Os manifestantes transmitirão uma mensagem de agradecimento à comunidade internacional por seu apoio às negociações entre os representantes governamentais e das Farc-EP, que têm sede permanente em Havana desde 2012, disseram organizadores da manifestação.
Como complemento à marcha ocorrerá a Cúpula Mundial de Arte e Cultura pela Paz, da qual participarão 109 convidados de 37 países. Conferências e espetáculos artísticos fazem parte do programa previsto para este dia.
“O sofrimento de milhões de colombianos durante mais de meio século de confrontação interna deve ser honrado”, comentou a Alta Conselheira para os Direitos das Vítimas, Ana Teresa Bernal, que defendeu a intensificação dos esforços rumo à distensão. “Não podemos perder esta oportunidade histórica de terminar a guerra”, insistiu.
A Marcha Patriótica, o Partido Comunista e outros agrupamentos integrantes da Frente Ampla pela Paz, promovem a manifestação e convidam a todos os setores a participarem sem distinção de cor ou filiação política.
Comissões do Executivo e das Farc-EP dialogam em Cuba desde 2012 para encontrar uma saída negociada ao conflito, que deixou 6,8 milhões de vítimas, segundo cifras oficiais.
Ambas as partes beligerantes anunciaram em semanas prévias que começarão um processo de retirada de minas no país de maneira escalonada, bem como a erradicação de explosivos improvisados e munições que não foram detonadas, como iniciativa para reduzir a intensidade dos confrontos e minimizar os riscos aos que está submetida a população civil.
Fonte: Prensa Latina