Ingerência estadunidense no centro dos debates na Venezuela

A Rede de Intelectuais, Artistas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade, Capítulo Venezuela, começa, nesta quarta-feira (25), um ciclo de palestras e debates relacionados às recentes agressões dos Estados Unidos contra esta nação.

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Segundo a coordenadora nacional da organização, Carmen Bohórquez, estes eventos teóricos fazem parte de uma "ofensiva anti-imperialista" contra o decreto executivo do presidente estadunidense, Barack Obama.

“A iniciativa repudia a declaração de Washington de 9 de março que decreta emergência por considerar a Venezuela uma ameaça para a segurança desse país do norte”, explicou.

A programação de três dias começa em Caracas com uma palestra da também historiadora e filósofa a respeito de Francisco de Miranda (1750-1816), considerado o precursor da emancipação americana.

Também será realizado, nesta quarta-feira, um debate sobre os episódios de ingerência estadunidenses na América Latina e no Caribe, a cargo do psicólogo Fernando Giulianni, o historiador Vladimir Acosta e o economista espanhol Alfredo Serrano.

Na quinta-feira (26), destacados economistas locais debaterão sobre os mecanismos de Integração contra o Imperialismo.

O público presente também poderá participar de conferências sobre a história das políticas intervencionistas de Washington no continente.

Para sexta-feira (27), a rede organiza uma Tribuna Anti-imperialista, com a participação do cantor Alí Alejandro Primera.

Depois da ordem executiva da Casa Branca, a Venezuela promove a campanha "Obama derruba o decreto já!", dirigida a revogar essa ameaça estadunidense. Continua, nestes dias, em praças de todo o país, a coleta de assinaturas em apoio a essa solicitação do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Até agora, há mais de três milhões de assinaturas e a meta é chegar a 10 milhões, segundo dados oficiais.

Paralelo a essa atividade, há conferências, manifestações populares e declarações de autoridades contra a recente ingerência dos Estados Unidos.

Países de várias regiões do mundo manifestaram seu apoio à Venezuela, como Cuba, Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, Rússia e várias nações do Caribe.

Além de entidades internacionais, entre elas, a União de Nações Sul-americanas, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, Petrocaribe e o Movimento de Países Não Alinhados.

Fonte: Prensa Latina