Greve dos professores em SP: "Precarização no trabalho continua”

Em assembleia realizada na última quinta-feira (2), os professores da rede estadual de São Paulo decidiram manter a greve iniciada em 16 de março. Uma próxima assembleia foi marcada para o dia 10 de abril, em frente ao Palácio dos Bandeirantes.

PROFESSORES GREVE SAO PAULO

Entre as reivindicações da categoria estão o fim da superlotação nas salas de aulas, abertura de novas salas, que teriam no máximo 25 alunos, aplicação da jornada da Lei Nacional do Piso, que prevê um terço da jornada cumprido fora da sala de aula, e melhores condições de trabalho. Os docentes também cobram o aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior.

Após votarem pela manutenção da paralisação no vão do Masp, os docentes se dividiram em dois grupos e partiram em caminhada pela Avenida Paulista em direção à sede da Secretaria de Estado da Educação, na Praça da República, no Centro.

Proposta

Na segunda-feira (30), reunião entre o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e o governo terminou sem acordo. Segundo o sindicato, a Secretaria Estadual da Educação não ofereceu nenhuma proposta salarial aos professores. A pasta diz que, no encontro, apresentou um projeto de lei que visa ampliar os benefícios concedidos aos professores temporários das escolas estaduais.

Para a Apeoesp, entretanto, o projeto de lei não resolve o problema dos professores temporários. O sindicato diz que cobra da pasta uma nova forma de contratação, não apenas uma mudança no prazo.

“Há uma desvalorização muito grande por parte do governo do estado, que envolve baixos salários, longas jornadas de trabalho e falta de equipamento. É a precarização das condições de trabalho que continuam”, afirmou Francisca Pereira, dirigente da Apeoesp e da CTB.

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Fonte: Portal CTB