Panamenhos denunciam conspiração contra Cuba e Venezuela
Organizações sociais panamenhas denunciaram, nesta terça-feira (7), que contrarrevolucionários venezuelanos e cubanos pretendem utilizar o Panamá como plataforma para conspirar contra essas nações durante a 7ª Cúpula das Américas.
Publicado 07/04/2015 11:51

Em carta aberta enviada à chanceler Isabel de Saint Malo, membros de 15 organizações sindicais, estudantis, populares e de solidariedade manifestaram sua profunda preocupação com "as reuniões, atividades e mobilizações de protestos convocados por setores de oposição e dissidências das repúblicas de Cuba e Venezuela".
Com este comportamento, pretendem usar o país como plataforma para coordenar ações que tendem a interferir nos assuntos internos dessas duas nações, além de ofender e desconsiderar a dignidade dos chefes de Estados e das delegações oficiais de Cuba e da Venezuela.
O texto também faz referência ao diálogo entre Cuba e Estados Unidos para a possível restauração de suas relações diplomáticas, "processo que toda a comunidade internacional vê com bons olhos e que espera, por fim, o levantamento do bloqueio econômico vergonhoso contra Cuba".
O outro tema que concentra as atenções é o decreto presidencial norte-americano que aponta a Venezuela como uma ameaça para sua segurança nacional e do continente, medida repudiada por todos os governos e povos latino-americanos e caribenhos, agrega o documento.
No entanto, há quem pretende conspirar para desestabilizar o ambiente e produzir uma declaração intervencionista contra o país sul-americano. Para isso, já estão chegando figuras notórias da contrarrevolução cubana e da oposição venezuelana, patrocinadas pelos Estados Unidos e outros setores da ultradireita do continente e da Europa, informa o comunicado.
“Apesar de que não realizaremos manifestações contra o presidente Barack Obama, tal e como solicitou o Governo nacional, faremos chegar a suas mãos o pedido de justa indenização às vítimas da invasão de 1989 e a limpeza e descontaminação das antigas bases militares”, indicam os assinantes.
Não obstante, os elementos desestabilizadores são permitidos de realizar impunemente manifestações e reuniões com o intuito de sabotar a Cúpula e usar o território nacional como plataforma de conspiração, comprometendo o Estado panamenho, que deve ter uma posição de não ingerência nos assuntos internos de outro país, agrega a carta.
“Por tais motivos, solicitamos respeitosamente ao governo nacional que tome as medidas apropriadas, caso contrário as organizações populares panamenhas faremos respeitar nosso país e os responsabilizamos de qualquer situação lamentável que possa se apresentar”, conclui a carta.
A Central de Trabalhadores de Cuba denunciou o fato de ter sido excluída pelos organizadores do Foro da Sociedade Civil, um dos quatro foros prévios à Cúpula das Américas.
Fonte: Prensa Latina