Rossetto: Terceirização não é boa para trabalhadores e nem para o país

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, manifestou o repudio do governo, por meio de nota oficial, a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que regulamenta a terceirização das relações de trabalho.

Miguel Rossetto - Divulgação.

“O projeto é ruim, pois permite que toda relação de trabalho seja terceirizada, portanto, precarizada", diz o ministro por meio do comunicado. "Reduz os salários e os fundos de seguridade social. Não é bom para os trabalhadores. Não é bom para o país”, acrescentou.

A Câmara aprovou na noite desta quarta-feira o relatório do deputado Arthur Maia (SD-BA) relativo ao projeto. Apenas o PT, PCdoB, PDT e PSol votaram contra o projeto que permite a terceirização de todos os setores das empresas. Será necessário analisar os destaques do projeto na próxima semana.

Veta, Dilma!

A Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) e a Central Única dos Trabalhadores organizam grande mobilização para a próxima quarta-feira (15) contra o projeto. Enas redes sociais a campanha Veta, Dilma! já começou.

O presidente Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), qualificou,, a luta contra a proposta como “combate mais importante da atual conjuntura, porque assola os direitos dos trabalhadores”.

As manifestações vão contar com a participação dos movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Fora do Eixo-Mídia Ninja.

Segundo os organziadores,.a mobilização também promoverá atividades na porta das federações da indústria nos estados. Em São Paulo, a mobilização está prevista para as 17 horas, no Largo da Batata.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, ressalta que ao institucionalizar o trabalho precário no Brasil, o projeto leva ao colapso da economia. “Quando você permite que mais de 40 milhões de trabalhadores migrem para um contrato precarizado, você afeta a contribuição ao FGTS (Fundo de Garantia), à Previdência Social e impacto no SUS (Sistema Único de Saúde), já que os terceirizados são as maiores vítimas das doenças ocupacionais e de óbitos no ambiente de trabalho”, lembrou.

Para Edson Carneiro, secretário-geral da Intersindical, o PL 4330 representa “um tiro de morte” nos direitos trabalhistas: “Com a generalização da terceirização para todas as atividades não melhoraremos a vida de quem já é afetado e ainda atacaremos as conquistas das convenções e acordos coletivos. Não temos dúvida da importância da unidade contra a fragmentação das organizações trabalhistas e dos fundos essenciais para as políticas públicas”.

Do Portal Vermelho, com informações de agências