Presidente do Panamá aponta avanços da Cúpula das Américas 

A 7° Cúpula das Américas terminou com uma declaração de Juan Carlos Varela Rodríguez, presidente do Panamá, país anfitrião do encontro. No documento de quatro páginas, o panamenho lista os consensos acordados entre os líderes americanos nos dois dias de cúpula, entre eles o apoio à reaproximação entre Cuba e os Estados Unidos e à negociação pela paz na Colômbia. 

Cúpula das Américas - Foto:Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

A Cúpula reuniu chefes de Estado e de Governo e representantes dos 35 países do continente. De acordo com Rodríguez, o presidente do Peru, Ollanta Humala, se ofereceu para ser o anfitrião do próximo encontro, ainda sem data definida.

O presidente do Panamá destacou no documento que houve consenso em 90% das propostas levantadas para o documento final, que tratam de temas como educação, segurança, saúde, energia e políticas de imigração.

Rodríguez citou os avanços recentes na negociação de paz entre o governo da Colômbia e as Farc e disse que o conflito nunca esteve tão próximo do fim. “Nunca antes estivemos tão perto de pôr um fim a este longo conflito e de chegar à paz na Colômbia, que também representa a paz em todo o nosso continente. Por isso esperamos que o governo da Colômbia e as Farc cheguem rapidamente a um acordo neste ano, para que todos possamos contribuir com o que mais importa: a implementação e a consolidação da paz”.

O panamenho também enfatizou a reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba, que tiveram, na cúpula, um encontro histórico, retomando negociações bilaterais depois de mais de 50 anos, e disse que a cúpula teve o papel histórico de criar pontes para ajudar nesse processo.

O documento lista resoluções acordadas pelos países para ampliar o acesso à educação no continente, fortalecer o ensino técnico e a oferta de emprego para os jovens em situação de risco, e aproximar as universidades do setor público para elaboração de projetos de infraestrutura. Nesse contexto, teve destaque também a proposta surgida na cúpula de criar um Sistema Interamericano de Educação.

Na declaração, o panamenho diz que os líderes americanos compartilham “a preocupação e a necessidade de unir esforços contra o terrorismo, o crime organizado e outras ameaças à segurança dos cidadãos, através do fortalecimento da cooperação entre os países e a adoção de medidas para prevenir a violência e a delinquência”.

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Fonte: Agência Brasil