Trabalhadores fazem paralisações em todo o Brasil contra terceirização

Esta quarta-feira (15) marca o dia nacional de paralisações contra a lei que regulamenta a terceirização irrestrita do trabalho. Servidores, bancários, operários de indústria e comerciários estão mobilizados e fazem paralisações totais ou parciais em diversos estados.

Paralisações pelo Brasil - CTB

As paralisações começaram muito cedo. Já às 6 horas os trabalhadores das refinarias e das fábricas do distrito industrial do Amazonas cruzaram os braços. Na Bahia aconteceram manifestações no aeroporto de Salvador pela manhã e todo o setor automobilístico de Camaçari parou durante a manhã.

No Espírito Santo os trabalhadores portuários conseguiram força o suficiente para fechar os portos e pontes e prometem permanecer até às 19 horas. E em Brasília o transporte público parou totalmente por mais de uma hora.

Em Belo Horizonte os metalúrgicos de Contagem e Betim, em parceria com a Fitmetal, CTB e CUT paralisaram a Cidade Industrial por volta das 5 horas para um grande ato político. Durante a tarde os trabalhadores fazem um novo ato, com concentração às 16 horas na Praça Afonso Arinos.

No Ceará, além de paralisações , aconteceu um grande ato na Praça do Carmo por volta das 8 horas. Já em Goiás, o ponto de concentração é na Praça Bandeirantes. A manifestação começou às 10 horas e conta com a presença de representantes sindicais, movimentos sociais e entidades feministas.

No Maranhão, os manifestantes estão concentrando forças em frente à Cohama e de lá devem partir para a BR 135, onde pretendem fechar todas as vias. A movimentação começou por volta das 10 horas.

A sede administrativa da Petrobras foi o ponto de encontro dos trabalhadores da CTB e dos petroleiros de Natal por volta das 9 horas para um ato político. Durante a tarde diversas categorias vão paralisar as atividades e fazer uma concentração unitária em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte.

No Pará as mobilizações também começaram cedo, por volta das 8 horas no Largo do Operário, de onde os trabalhadores partiram em direção à Assembleia Legislativa.

Já em Sergipe, os trabalhadores aproveitaram a manhã para fazer panfletagem e passeata no centro de Aracaju, participaram servidores públicos municipais, estaduais e federais. Durante a tarde haverá uma nova manifestação com concentração na Praça da Cimenteira, que deve seguir em passeata até o Palácio do Governo, esta atividade contará com a participação dos professores.

Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a manifestação começou por volta das 11 horas em frente à Fecomércio, de onde os trabalhadores vão partir em direção à Assembleia Legislativa. Participam da paralisação os funcionários do transporte público (ônibus e metrô) da capital, escolas estaduais e hospitais.

Na capital paulista os trabalhadores fecharam três importantes vias: logo às 6h30 a Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro teve o tráfego bloqueado na altura de Guarulhos por quase uma hora; a Via Anchieta foi bloqueada na pista marginal no sentido litoral e a pista expressa da Rodovia Anhanguera, que liga a capital ao interior do estado, teve todas as faixas bloqueadas.

Alguns trabalhadores também aproveitam o horário de grande fluxo do metrô pra panfletar na porta de algumas estações, entre elas, Barra Funda, Itaquera e Jabaquara, a atividade acontece ao logo do dia. Às 15 horas as centrais sindicais CTB, CUT e Intersindical fazem uma manifestação na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Fiesp. Já às 17 horas o ponto de mobilização é o Largo da Batata, um ato está previsto, organizado pelo MST, MTST e outros movimentos sociais.

Mais manifestações acontecem ao longo do dia em diversos estados. Na Paraíba haverá mobilizações em João Pessoa, Campina Grande e Patos. Os servidores municipais, federais e bancários farão um ato em frente ao Banco do Brasil e ao prédio da prefeitura. A CTB, a CUT e os movimentos sociais também vão fazer uma caminhada para conversar com a população e esclarecer sobre os perigos da terceirização.

Durante a tarde diversas categorias se mobilizam na Praça Santo Andrade, em Curitiba, no Paraná, por volta das 14 horas.

No Rio de Janeiro o protesto promete reunir diversas categorias, a concentração é a partir das 16 horas na Cinelândia e deve partir em direção à Firjan.

Leia mais: 
Liberar a terceirização é o mais duro ataque aos direitos trabalhistas
Terceirização precariza trabalho feminino, diz Maria do Rosário
Centrais e movimentos sociais se mobilizam neste dia 15 de abril

Do Portal Vermelho,
Mariana Serafini