CPI quer dados da França sobre o Caso HSBC
A CPI do HSBC reuniu-se na tarde desta quinta-feira (16) com o ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, na sede do ministério. Na pauta, o compartilhamento de dados com a França, no que se refere à lista completa dos cerca de 8.700 brasileiros com contas na filial suíça daquele banco. As investigações tratam do caso "Swissleaks", suspeitos de evasão fiscal e outros crimes.
Publicado 16/04/2015 16:01

Para o presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), é importante que o Ministério da Justiça compartilhe também esses dados com a CPI, devido às prerrogativas judiciais de que o colegiado dispõe.
Cardozo informou que o secretário-executivo da pasta, Beto Vasconcelos, irá acompanhar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante reunião no final do mês em Paris com as autoridades francesas encarregadas das investigações.
126 pessoas
Na reunião realizada pela manhã desta quinta-feira, a CPI do HSBC aprovou, a pedido do relator Ricardo Ferraço (PMDB-ES), solicitação de informações para 126 pessoas listadas pelo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) como detentoras de contas na filial suíça daquele banco, e que estão sendo investigadas pelo cometimento de fraudes fiscais.
Ferraço disse que o objetivo é "saber se declararam ao Banco Central e à Receita" a existência de tais contas. “Essas informações são fundamentais para que possamos separar o joio do trigo, para sabermos se cumpriram a lei”, acrescentou o senador.
A partir de agora, segundo Ferraço, a CPI também passa a focar mais na ação do próprio banco. Foi confirmada pelo presidente da CPI a realização de uma reunião reservada com o presidente desta instituição no Brasil, André Guilherme Brandão, na próxima quarta-feira (22).
“O HSBC já foi condenado pela Justiça americana em U$ 2 bilhões por ter facilitado a lavagem de dinheiro. Já tem processo na França. Na Bélgica já repatriaram dinheiro. Temos que saber se aqui também foram criadas condições para a evasão de recursos”, disse Ferraço.
Do Portal Vermelho
De Brasília, com Agência Senado