Crescem protestos nos EUA após violência policial contra jovem negro

O estado norte-americano de Maryland convocou milhares de agentes policiais e tropas da Guarda Nacional para controlar os confrontos em Baltimore, desencadeados após protestos contra a violência policial por causa da morte do jovem negro Freddie Gray, na cidade de Baltimore, morto no dia 19 após ferimentos na coluna cervical, provocados por um agente.

Protestos em Baltimore

O superintendente da polícia de Maryland, William Pallozzi, disse ter ordenado que 500 agentes de todo o estado viessem dar apoio aos policiais da cidade e requisitou mais 5 mil.

A comandante da Guarda Nacional, Linda Singh, disse que 5 mil soldados vão proteger moradores e propriedades. Foi também decretado o toque de recolher obrigatório na cidade durante toda a semana das 22 horas às 5 horas a partir desta terça-feira (28).

A polícia de Baltimore admitiu na sexta-feira (24) que o jovem deveria ter recebido assistência médica imediata. Seis agentes foram suspensos enquanto esperam que a polícia entregue no dia 1º de maio as conclusões do inquérito ao procurador de Maryland, que pode decidir abrir um processo.

Os últimos dados da polícia apontam para 26 detidos durante os protestos desta segunda-feira (27) em Baltimore, além de 15 agentes feridos e muitos estragos materiais.

Após confrontos entre manifestantes e policiais que deixaram sete policiais feridos, lojas saqueadas e prédios incendiados, Larry Hogan, governador do estado de Maryland, Nordeste dos Estados Unidos, decretou estado de emergência e ativou a Guarda Nacional para controlar a crescente onda de protestos por conta de mais uma ação violenta da policial contra negros no país.

A maioria das manifestações que acontecem desde o domingo (19), quando o rapaz foi morto, são pacíficas, mas alguns confrontos violentos entre policiais e manifestantes têm sido registrados.

De acordo com o comunicado de Hogan, o presidente Barack Obama conversou com o governador e com a prefeita de Baltimore para avaliar a situação no local. Esta é a segunda onda de protestos iniciada após incidentes entre policiais brancos e jovens negros nos Estados Unidos em pouco mais de um ano.

Em julho do ano passado, em Ferguson (Missouri), Michael Brown, um afro-americano de 18 anos, foi morto pelo policial Darren Wilson. A execução do jovem negro causou muitos protestos, especialmente após o policial ter sido inocentado pelo júri que alegou falta de provas contra o oficial.

Do Portal Vermelho, com informações da Agência Brasil