Movimentos sociais lançam Fórum de lutas em São Paulo

Mais de 50 entidades e movimentos sociais somam esforços para o fortalecimento de bandeiras comuns. O Fórum dos Movimentos Sociais do Estado de São Paulo será lançado nesta quarta-feira (13), o ato terá início às 17 horas na Quadra dos Bancários, na capital paulista, e contará com a participação de lideranças do estado.

Fórum dos movimentos sociais - Divulgação

A iniciativa propõe a construção de bandeiras unitárias, bem como a organização de mobilizações no estado, a exemplo do que tem ocorrido desde o início deste ano frente ao retrocesso de direitos no Congresso Nacional – como a votação do PL 4330, da terceirização ilimitada – e a negligência do governo paulista em temas como o da greve dos professores estaduais deste e de anos anteriores, que cobra educação pública de qualidade e valorização dos servidores.

Às 18 horas, haverá ato pela igualdade racial no estado de São Paulo e, em seguida, será feita a leitura da carta de compromisso do Fórum e a apresentação dos movimentos sociais e representantes que compõem a articulação.

A partir das 20 horas o diretor do Instituto Lula, Paulo Vannuchi, a vice-prefeita de São Paulo, Nadia Campeão e o técnico do Ipea, Miguel Matteo, fazem um diagnóstico político e social do estado.

Entre 21 horas e 21h40, o histórico das lutas sociais no estado e a construção de um projeto político de esquerda contará com a contribuição do presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, do presidente da Federação da Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (FAF), Marco Pimentel, do Coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, além de representantes dos movimentos de juventude, negro (Conen e Unegro) e de mulheres (União Brasileira de Mulheres e Marcha Mundial de Mulheres).

Para as organizações, os anos de gestão do PSDB em São Paulo não trouxeram melhorias. Na avaliação das políticas entram a precariedade do transporte público, a falta de água e a violência, itens que constam da carta compromisso dos movimentos. “No maior estado do país, não há nenhuma política pública estadual de referência [no Brasil] em todo o espectro das responsabilidades públicas”, aponta o documento.

“Amargamos agora a falta de água em nossas torneiras, fruto de anos de priorização do interesse privado (por lucro e dividendos), em detrimento do público (investimentos e qualidade do serviço), na maior empresa estatal de São Paulo”, afirmam os movimentos diante da crise do sistema hídrico.

A Uniã Estadual dos Estudantes do estado também está presente, contra a negligência do governo tucano em diversos assuntos, mas principalmente na área da educação. “O governador Geraldo Alckmin não dá legitimidade às paralisações dos professores, mente para a população que não há greve e não há falta de água. São crimes contra os direitos básicos. Enquanto isso, salas de aulas estão superlotadas e a educação básica e superior sucateadas”, afirma em nota a entidade.

Do Portal Vermelho, com informações da UNE