Raúl Castro afirma que diálogos com EUA "vão bem"

O presidente cubano, Raúl Castro, declarou, nesta terça-feira (12), que o processo de restauração dos vínculos com os Estados Unidos vai bem, mas "em nosso ritmo".

Obama e Raúl Castro - Reprodução

"Não queremos tomar nenhuma medida que sacrifique o nosso povo. Isso é o mais importante", disse à imprensa no Aeroporto Internacional José Martí, depois de se despedir do chefe francês, François Hollande.

Raúl Castro declarou que o presidente estadunidense, Barack Obama, tem a faculdade executiva de apresentar ao Congresso, como já o fez, a ordem de excluir Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

De acordo com uma investigação histórica, jurídica e política, desde o triunfo da Revolução, em 1959, os ataques terroristas ordenados ou apoiados pelos Estados Unidos ocasionaram a morte a 3.478 cubanos, enquanto outros 2.099 ficaram incapacitados.

Em alguns dias cumpre-se o prazo para levantar esse tipo de acusação, disse Raúl Castro ao lembrar a decisão de Obama de excluir Cuba dessa lista. Raúl anunciou que então poderão ser nomeados os embaixadores.

O líder cubano anunciou que ambos os países também conversam sobre as restrições de movimentação dos diplomatas estadunidenses em Cuba, medida similar às aplicadas às missões cubanas em Washington e nas Nações Unidas.

“O que mais preocupa é que os diplomatas estadunidenses continuem fazendo as ilegalidades que têm realizado até agora, e que não podem serem permitidas”, afirmou, ao sublinhar a necessidade de se ajustar a situação aos acordos internacionais da temática (Convenção de Viena de 1948).

Raúl Castro reiterou que uma coisa será a restauração dos vínculos diplomáticos, a abertura das embaixadas e a nomeação de embaixadores e, outra, normalizar completamente as relações.

Fonte: Prensa Latina