Programa do PSDB traz à tona o sujo e o mal lavado

Nesta terça-feira (19), PSDB veicula sua propaganda política em rede nacional. Participam do programa o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quem os tucanos passaram 13 anos escondendo por conta da baixa popularidade, e o senador Aécio Neves, o candidato derrotado e notoriamente inconformado com o resultado das urnas em 2014.

Aécio e FHC
O programa segue a cantilena da disputa eleitoral: criticar o governo da presidenta Dilma Rousseff, estimular o ódio antipetista e, como aconteceu na campanha eleitoral, não apresentar propostas para o Brasil.

Segundo a grande mídia, FHC será o grande protagonista do programa. De acordo com a coluna Painel da Folha de S.Paulo, FHC vai defender a tese que vem propagando nos últimos dias: "Todo esse esquema de corrupção [na Petrobras] começou com o ex-presidente Lula".

O tucano quer criar um factoide utilizando as investigações da Operação Lava Jato e tenta esconder o fato de que Pedro Barusco, ex-diretor da Petrobras, disse em depoimento que o esquema de propinas começou durante o governo tucano, em 1997. FHC quer posar de paladino da moral e da ética política, mas a história recente revelou que foi responsável pela compra de votos para a reeleição, que mudou as regras do sistema político no Brasil e o beneficiou diretamente.

Seu afilhado, o senador Aécio Neves, seguiu o mesmo roteiro. Apesar de ter sido citado pelo doleiro Alberto Youssef como o homem do esquema de Furnas que pagava mesadas de US$ 100 mil a US$ 120 mil a parlamentares, Aécio dirá no programa do PSDB: “O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e quem, sabendo de tudo, se calou ou nada fez para impedir”.

Aécio vai dizer também que foi “eleito”, em 2014, o líder da oposição contra o governo Dilma. O inconformismo do tucano com a quarta derrota consecutiva nas urnas gera esse oportunismo bravateiro. Cada uma.