Venezuela: Produtos que seriam traficados para fora são apreendidos

As autoridades venezuelanas apreenderam mais de 15 mil toneladas de bens essenciais que grupos de contrabandistas pretendiam traficar para o Brasil, Guiana e, sobretudo, Colômbia.

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Além de informar sobre a quantidade de produtos apreendidos nos primeiros cinco meses deste ano, muitos dos quais escasseiam no país em resultado do contrabando e do açambarcamento, o ministro da Defesa da Venezuela, Padrino López, agradeceu, em conferência de imprensa realizada na semana passada a todas as forças envolvidas no Plano de Combate ao Contrabando: Guarda Nacional Bolivariana, Forças Armadas, comunidades e organizações locais e regionais de âmbito civil e popular.

O ministro do Interior da República Bolivariana, Gustavo López, anunciou a entrada ao serviço de mais 1500 agentes da Guarda e Polícia nacionais. As novas brigadas têm como principais objetivos combater e prevenir o crime violento, promover a proximidade e confiança entre os cidadãos e as forças de ordem e garantir a segurança de locais públicos, detalhou o responsável.

As carências de gêneros alimentares e básicos, atribuídas pelo executivo liderado por Nicolás Maduro ao que considera ser um processo de sabotagem econômica, e a insegurança, estão entre as principais linhas de desgaste do governo venezuelano. Outra é a criminalização da Venezuela e dos seus principais dirigentes, no âmbito da qual, ainda a semana passada, foi veiculado o suposto envolvimento do presidente da Assembleia Nacional com o narcotráfico.

Segundo noticiou em 19 de maio o Wall Street Journal, o Ministério Público dos EUA investigará Diosdado Cabello e outros altos dirigentes venezuelanos com base em supostas informações fornecidas por ex-traficantes de droga e antigos militares da Venezuela. Cabello já interpôs queixas contra os autores e os meios que publicaram as mesmas acusações na imprensa venezuelana e que o indicavam como cabeça da transferência dos cartéis colombianos para território venezuelano, isto na sequência da pretensa repressão de que são alvo na Colômbia, fruto da cooperação de Bogotá com a agência de combate ao tráfico de entorpecentes dos EUA.

Ao lado de Diosdado Cabello, entretanto, colocaram-se o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela e o Procurador-Geral da República, que repudiam uma campanha que visa a erosão da base social de apoio dos bolivarianos antes das legislativas, previstas para o final de 2015.