IBGE estima colheita de grãos 5,9% maior em 2015 

A nova estimativa para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 204,3 milhões de toneladas, superior 5,9% à obtida em 2014 (192,9 milhões de toneladas) e maior 3,332 milhões de toneladas (1,7%) que a avaliação de abril. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em Lucas do Rio Verde, Dilma participa da abertura colheita da safra de grãos. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A estimativa da área a ser colhida (57,5 milhões de hectares) aumentou 2% frente à área colhida em 2014 (56,4 milhões de hectares), com acréscimo de 11.585 hectares em relação ao mês anterior. O arroz, o milho e a soja – três principais produtos deste grupo – representaram juntos 91,9% da estimativa da produção e responderam por 86,0% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 5,4% na área da soja, de 0,8% na área do milho e na área de arroz houve redução de 3,4%. No que se refere à produção, houve acréscimos de 2,1% para o arroz, 11,4% para a soja e de 0,4% para o milho.

Na avaliação regional, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas mostra que o Centro-Oeste continua responsável por maior parte da produção, com um total de 84 milhões de toneladas, seguido pela Região Sul, com 77,1 milhões de toneladas; Sudeste, com 18,7 milhões de toneladas; Nordeste, com 18,5 milhões de toneladas e Norte, com 6 milhões de toneladas.

Comparativamente à safra passada, foram constatados incrementos de 10,3% na Região Norte, de 17,7% na Região Nordeste, de 4,2% na Região Sudeste, de 8,9% na Região Sul e de 1,2% na Região Centro-Oeste. Nessa avaliação para 2015, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,2%, seguido pelo Paraná (18,3%) e Rio Grande do Sul (16,1%), que somados representaram 58,6% do total nacional previsto.

Os dados mostram ainda que as variações de produção que mais se destacaram no período ante abril foram de algodão herbáceo (+3,7%), arroz (+1,3%), café arábica (+2,7%), feijão 1ª safra (-3,4%), feijão 3ª safra (+6,5%), milho 1ª safra (-0,9%), milho 2ª safra (+6,6%), soja (+0,7%) e trigo (-6,1%).

Doze dos vinte e seis principais produtos variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: amendoim em casca primeira safra (0,3%), amendoim em casca segunda safra (2,4%), arroz em casca (2,1%), aveia em grão (54,1%), café em grão – arábica (0,9%), cevada em grão (22,1%), feijão em grão primeira safra (4,2%), mamona em baga (139%), mandioca (4,2%), milho em grão segunda safra (0,7%), soja em grão (11,4%) e trigo em grão (18,9%).

Os quatorze produtos com variação negativa foram algodão herbáceo em caroço (7,6%), batata – inglesa primeira safra (0,7%), batata-inglesa segunda safra (2,6%), batata-inglesa terceira safra (20,6%), cacau em amêndoa (10,6%), café em grão-canephora (16,9%), cana-de-açúcar (1,5%), cebola (5,1%), feijão em grão segunda safra (1,8%), feijão em grão terceira safra (6,4%), laranja (7%), milho em grão primeira safra (0,3%), sorgo em grão (9,4%) e triticale em grão (15,6%).

O incremento de produção mais significativo, em números absolutos, superando a 2 milhões de toneladas, na comparação com a safra 2014, ocorreu para a soja (9,837 milhões de toneladas). Nesta comparação anual, a maior variação negativa, em números absolutos, foi observada para a cana-de-açúcar (-10,028 milhões de toneladas).