Fabrício: Vitória da Conquista terá uma melhor gestão com comunistas
O ano de 2016 deverá ser de grandes mudanças na carreira política do deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB). Com atuação sempre ligada ao Legislativo – está no segundo mandato na Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA) e já foi duas vezes vereador em Vitória da Conquista -, Fabrício está diante de uma possibilidade real de ingressar na luta institucional e se tornar o gestor de um dos maiores municípios da Bahia.
Publicado 16/06/2015 18:50 | Editado 04/03/2020 16:14

Parte da meta do PCdoB de aumentar a participação nas eleições dos municípios com mais de 100mil habitantes, a candidatura de Fabrício para a disputa pela Prefeitura de Vitória da Conquista, no ano que vem, foi selada pelos dirigentes comunistas, na última segunda-feira (15/6). O Secretariado Estadual e o Comitê Municipal do PCdoB em Conquista, reunidos, defenderam por unanimidade o nome do deputado.
Em entrevista exclusiva ao Portal Vermelho, durante a reunião desta segunda-feira, Fabrício falou com otimismo sobre a possibilidade de se tornar o próximo prefeito do município. Ele acredita que muito pode ser feito em uma gestão comunista, principalmente pela boa qualidade dos quadros que o partido dispõe para orientar na administração.
O deputado ainda falou sobre a relação com o PT, atualmente à frente da Prefeitura com o prefeito Guilherme Menezes e com perfil de nunca ceder a ‘cabeça de chapa’ a um aliado, além da participação do PCdoB na Câmara de Vereadores. “O PCdoB sairá [de 2016] muito mais fortalecido do que saiu da Eleição de 2012, do que saiu da Eleição de 2014”, garante Fabrício. Confira.
Como é que está sendo construído esse projeto político em Vitória da Conquista para a disputa do ano que vem?
Estamos trabalhando, primeiro, fortalecendo o nosso partido, buscando a unidade do PCdoB e fazendo com que toda a direção e militância estejam ganhas para isso. No segundo ponto, nós estamos buscando reunião sistemática com todos os partidos que existem com organização política em Vitória da Conquista, buscando o apoio de partidos políticos, de vereadores, de lideranças comunitárias, de associação de bairro, de movimento sindical. Então, estamos trabalhando para que possamos chegar em 2016 com uma base ampla de partidos políticos e lideranças da sociedade, do setor produtivo, empresários, comércio, enfim, buscando o apoio da sociedade para poder garantir uma eleição com êxito e, quem sabe, vitoriosa, podendo colocar ali a marca dos comunistas para poder dirigir essa que é uma das cidades mais importantes do Brasil. Estamos entre as 100 maiores cidades do Brasil e somos a 3ª da Bahia.
A Prefeitura do município hoje é administrada pelo PT, de quem o PCdoB foi aliado nas últimas gestões em que o partido esteve à frente. Como é que está a relação com o Partido dos Trabalhadores diante do anúncio de sua candidatura?
Nós temos um grande respeito ao Partido dos Trabalhadores e ao prefeito de Conquista, Guilherme Menezes, mas uma coisa é verdade: o PT é igual a mandacaru; não dá sombra nem encosto a ninguém. Então, nós não temos nem como conversar com o PT não aceita dialogar com ninguém a não ser que ele seja ‘cabeça de chapa’. Nesse aspecto, o único partido que nós não temos condições de conversar é o PT porque ele já tem prefeito há 20 anos e quer permanecer na composição do Poder local. Então, não há diálogo, mas temos respeito pela sua militância, direção, prefeito, pelos deputados, mas não há discussão porque eles não aceitam apoiar ninguém.
Recentemente, o Comitê Estadual do PCdoB decidiu que, em 2016, vai aumentar a participação na disputa pelas prefeituras das cidades com mais de 100 mil habitantes da Bahia. De que forma o PCdoB pode contribuir para a gestão dessas grandes cidades?
O PCdoB é um partido diferenciado, que possui dentro de sua militância grandes quadros intelectuais e pessoas que estão, hoje, em diversos espaços de Poder, tanto em nível estadual, quanto em nível nacional e municipal. Portanto, com a nossa eleição em Conquista, esses quadros somarão esforços para contribuir com uma gestão melhor. São figuras da área da Economia, da Administração, intelectuais do mundo acadêmico, são homens e mulheres de grande valor político e intelectual, de capacidade de gestão. São pessoas que, quando vão para a gestão, não vão para se dar bem, mas para colocar para colocar sua capacidade de trabalho e intelectual de forma a melhorar a vida do povo. Nesse aspecto, as cidades grandes e médias em que o PCdoB ganhar, com certeza, terão a marca de homens e mulheres de grande valor, que administrarão com responsabilidade, buscando ter ali uma convivência melhor. As pessoas vivem, cada vez mais, em espaços urbanos e é nas cidades que precisamos ter qualidade de vida, ter gestão melhorada, de forma a minimizar os impactos do trânsito, da poluição, da violência nos municípios. Então, serão municípios bem administrados tendo quadros comunistas.
Um dos objetivos do PCdoB para 2016 também é aumentar a presença nas Câmaras de Vereadores. Como é a presença do partido na Câmara de Conquista e o que se pretende para o Legislativo municipal no ano que vem?
O PCdoB é um partido da unidade, um partido que preza não só o seu crescimento enquanto força, mas também a unidade com os outros partidos. Nós somos o segundo maior partido de Conquista hoje. O PT tem cindo vereadores e nós temos três. Ainda temos um bloco com mais dois vereadores, com o Solidariedade e o PRB. Lançamos 18 candidatos a vereador, tivemos o melhor coeficiente eleitoral de Conquista e temos três vereadores. Nessa condição de podermos ter, também candidato a prefeito, creio eu que chegaremos a ter cinco ou seis vereadores na próxima eleição municipal.
Então, a expectativa em relação a 2016 é grande…
Não tenha dúvida. O PCdoB sairá muito mais fortalecido do que saiu da Eleição de 2012, do que saiu da Eleição de 2014. Será uma eleição lograda em grande êxito. Se não alcançarmos a vitória de ter a Prefeitura de Conquista, com certeza seremos fortes, com mais vereadores, mais militância e o 65 muito mais forte do que entramos na eleição do ano que vem.
Entrevista concedida a Erikson Walla