Rússia e China podem adotar pagamentos em moeda local

A Gazprom e a CNPC (produtora semi-estatal de gás chinesa) estão discutindo a escolha da moeda de pagamento para o fornecimento de gás através da rota ocidental. Apesar do fato de que o contrato ainda não está assinado, os lados estão discutindo as possibilidades de realizar pagamentos em moeda local.

China e Rússia

"A Gazprom e a CNPC ainda não determinaram a moeda de pagamento para o fornecimento de gás através da rota ocidental. Pode ser o rublo ou o iuane", afirmou em coletiva de imprensa a diretora da área de exportações da Gazprom, Elena Burmistrova.

"Devido ao fato de que o contrato ainda não está assinado, a moeda de pagamento também ainda não foi escolhida. A parte chinesa e a parte russa estão discutindo precisamente esta questão e mantêm negociações sobre a possibilidade de pagamentos em rublos e iuanes", disse Burmistrova.

No ano passado, a gigante produtora de gás da Rússia Gazprom e chinesa CNPC assinaram um acordo para abastecer a China com 38 bilhões de metros cúbicos de combustível por ano durante os próximos 30 anos. O montante total do contrato é estimado em US$ 400 bilhões, o que o torna o maior contrato da história da companhia russa. O preço do gás está ligado ao preço do petróleo. O fornecimento está previsto para começar dentro de quatro a seis anos.

Moscou e Pequim mostram a Washington que seu tempo de ser a "superpotência número um" termina. A assinatura deste acordo sino-russo, chamado o "negócio do século" — juntamente com uma possível transição para o rublo e o iuane como moeda de reserva — são um duro golpe para os Estados Unidos, atolados em uma enorme dívida externa.