“Quinta vermelha” leva milhares às ruas contra retirada de direitos

Diversos movimentos sociais e entidades fizeram uma grande manifestação nesta quinta-feira (25) na capital paulista. Intitulada “Quinta Vermelha”, a manifestação rechaçou as constantes tentativas do Congresso Nacional reacionário de retirar direitos já conquistados pelo povo brasileiro.

Manifestação Quinta Vermelha - MTST

Os manifestantes se posicionaram contra a redução da maioridade penal, defenderam o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais, o lançamento imediato do Programa Minha Casa, Minha Vida 3. O ajuste fiscal e o projeto de lei das terceirizações também foram pautas do protesto.

O protesto começou no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das 17h, e seguiu pela Avenida Paulista com destino ao Largo da Batata. Na avenida, os manifestantes fizeram uma parada de cerca de 20 minutos em frente ao escritório da Presidência da República, onde tentaram protocolar uma lista de reivindicações que desejam ver atendida pelo governo federal. Depois, eles continuaram a caminhada pelas avenidas Rebouças e Faria Lima, e antes de chegarem ao Largo da Batata fizeram nova parada em frente à sede da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

“Paramos aqui para simbolizar a nossa denúncia ao financiamento empresarial de campanha. Os bancos estão entre os maiores financiadores de campanha eleitoral, junto com as empreiteiras. Hoje, esse ato é contra a ofensiva antipopular que tem ocorrido, tanto com o governo federal, com o ajuste [fiscal], quanto com o Congresso Nacional”, disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), um dos movimentos que organizou o protesto.

Os sem-teto, principais manifestantes do ato, reivindicavam principalmente a liberação imediata do Programa Minha Casa, Minha Vida 3, que segundo o Ministério das Cidades, só será lançado no final de agosto.

“O Ministério das Cidades considera justas as reivindicações do movimento e esclarece que a fase 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida deverá ser lançada no final de agosto, já que ainda está em discussão com todos os segmentos envolvidos – governos subnacionais, agentes financeiros, entidades organizadas em representação de sociedade civil, segmentos da construção (indústrias do cimento, das esquadrias, piso etc)”, diz a nota do ministério, divulgada nesta quinta-feira (25).