Trabalhadores da educação marcham por reajuste de salário e benefícios

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação marcaram presença no primeiro dia da caravana a Brasília, realizada nesta terça-feira (07). A atividade foi organizada pela Fasubra e pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais. A manifestação, marcada no mesmo dia em que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), se reuniu com o conjunto dos SPFs e teve o objetivo de pressionar o governo a apresentar uma proposta que atenda o conjunto dos trabalhadores.

Trabalhadores em educação fazem manifestação em Brasília - Assufba

A caravana começou com uma marcha que passou pela esplanada dos Ministérios e pela Praça dos Três Poderes. Em seguida houve uma concentração nas portas do MEC, onde as entidades protocolaram um ofício solicitando uma audiência com o Ministro Renato Janine Ribeiro. Durante a tarde os trabalhadores se reuniram em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Rejeição

Segundo o relatório apresentado pela Fasurba ao final da reunião, o Forum dos SPFs rejeitou a proposta do governo e reafirmou o reajuste em uma única parcela de 27,3%, afirmando que não há boa vontade de negociação nas duas partes.

"O governo não nos deu margem de negociação, simplesmente impôs um reajuste em quatro parcelas que não cobriria nem mesmo a inflação para os anos acumulados até 2015, quanto mais até 2018, quando seria concluída a compensação. A gente sabe que a economia passa por um momento delicado, mas temos que lutar para que pelo menos aquilo que já foi conquistado não seja perdido", explicou o secretário de Serviço Público e Trabalhadores Públicos da CTB, João Paulo Ribeiro.

Os trabalhadores alertaram ainda que, pela lei de responsabilidade fiscal, há margem e a constituição federal prevê reajuste anual, solicitando que o governo apresente uma nova proposta na próxima reunião, marcada para o dia 14 de julho.

O Secretário de Relações do Trabalho da CTB, Sergio Mendonça, afirmou que, mesmo se não houver acordo do reajuste de 21% em quatro anos, a negociação do reajuste dos auxílios e benefícios pode continuar. Explicou também que levará a posição dos trabalhadores ao ministro.