Emprego na indústria recua 1% em maio, aponta IBGE

Esses resultados refletem, especialmente, a diminuição de ritmo que marca a produção industrial desde o último trimestre de 2013, com redução de 9,7% desde outubro de 2013. Nesse mesmo período, o pessoal ocupado e do número de horas pagas também mostraram perdas: de -7,3% e de -8,2%, respectivamente. A evolução da média móvel trimestral reforça esse quadro: nas duas variáveis, seu desempenho é predominantemente negativo desde o fim do primeiro semestre de 2013.

Os sinais de menor dinamismo também ficaram evidentes no confronto do primeiro trimestre de 2015 com o acumulado do bimestre abril-maio de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que tanto o pessoal ocupado assalariado (de -4,6% para -5,6%) quanto o número de horas pagas na indústria (de -5,2% para -6,3%) acentuaram o comportamento negativo, acompanhando o movimento de queda na produção industrial, que passou de -5,9% para -8,3% no período.

Horas pagas

Em maio de 2015, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, recuou 1,3% frente ao mês imediatamente anterior, terceira taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 2,8%.  

O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 3,7% frente ao mês imediatamente anterior, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período redução de 4,6%. O recuo nesse mês foi o mais intenso desde janeiro de 2013 (-5,3%).

No início de julho, o IBGE divulgou dados da produção industrial nacional que cresceu 0,6% em maio, na comparação com abril.