Ângela: Conferência de Juventude irá mobilizar 1 milhão em todo país

Com o tema “As Várias Formas de Mudar o Brasil”, a Conferência Nacional de Juventude chega à sua terceira edição e será realizada no mês de dezembro, em Brasília. O Portal Vermelho entrevista Ângela Guimarães, presidenta do Conjuve, que explica a importância de fomentar políticas públicas para os jovens a médio e a longo prazo.

Por Laís Gouveia

Ângela Guimarães é presidenta do Conjuve. - Reprodução

Segundo Ângela, o fórum ocorre em um momento conjuntural propício ao diálogo. “Existe uma ascensão do movimento juvenil há uma década, ao contrário dos que dizem ter sido o início do engajamento em junho de 2013. Temos como objetivo transitar nas várias faces da juventude que vive um momento de efervescência, precisamos criar um canal de interlocução mais permanente com esse público”.

Novidades: mais tecnologia e interatividade

Esse ano, para além das etapas que já ocorrem nos municípios e estados, o processo contará com novidades. Entidades e movimentos poderão realizar bate papos, rodas de conversas, nomeá-las conferências livres e, desta forma, contribuir para o enriquecimento do debate. O fórum também contará com uma mostra intitulada “Manifesta”, que vem selecionando trabalhos culturais, artísticos, políticos e serão apresentados durante a etapa nacional.

Outra ferramenta inédita é o lançamento de um aplicativo exclusivo para a conferência, reflexo da necessidade de criar novos canais de diálogo com uma juventude cada vez mais conectada a dispositivos eletrônicos e redes sociais. “Do aplicativo, serão eleitos 600 delegados e 305 propostas”, explica Ângela.

Participação nos rumos do país

Ângela considera que o jovem, ao participar do processo, se torna um agente de mudança do país. “Digo que a plenária final da Conferência não é o fim, mas sim o começo. Afinal, são aquelas propostas aprovadas que serão as referências de políticas públicas de juventude e serão implementadas pelo governo no próximo período, algo muito valioso”, afirma.

Lutar vale a pena

Desde foi criado, em 2005, o Conjuve possui uma extensa bagagem de ações em defesa dos jovens. “Parte das políticas públicas que são implementadas pelo governo, são frutos dos encaminhamentos da conferência, como exemplo, o plano Juventude Viva e o próprio Estatuto da Juventude, carta magna da representação dos direitos juvenis, ou seja, lutar vale a pena, principalmente no momento em que nossa democracia está sendo contestada, precisamos de mais espaços participativos.” diz Ângela. 

As resoluções que serão aprovadas na Conferência Nacional, em dezembro, servirão para atualizar o Plano Nacional de Juventude, caracterizado por ser uma política de estado a ser aprovada na Câmara em 2016 e que estabelece diretrizes e metas para os jovens nos próximos 10 anos.
Você sabia?

-A conferência pretende mobilizar 2 mil delegados para a etapa nacional
-Existem cotas para a participação de quilombolas e indígenas
-Há paridade de gênero, incluindo o reconhecimento de gênero
-Há proporcionalidade étnico racial

Conheça o site do Conjuve
Conheça a página do Conjuve no Facebook