Ministro da Justiça diz que PF vai investigar ataque ao Instituto Lula

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feria (31), que determinou ao comando da Polícia Federal que investigue as circunstâncias do ataque a bomba contra o Instituto Lula, em São Paulo.

José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça - Agência Brasil

"A Polícia Federal seguramente agirá para apurar o que ocorreu porque evidentemente é uma situação que merece uma investigação. E, claro, ao se pegar os autores de uma iniciativa dessa natureza, é necessário puni-los", disse.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o titular Alexandre de Moraes já conversoi com o ministro José Eduardo Cardozo. "A perícia já foi determinada e as investigações já começaram."

A sede do Instituto Lula, que fica no bairro do Ipiranga, em São Paulo, foi alvo de um ataque a bomba na noite desta quinta (30), informou a entidade por meio de nota. O artefato explosivo foi lançado de dentro de um carro. Para a entidade, trata-se de um "ataque político". 

Reação

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, repudiou, em publicação no Twitter, o atentado. “Inaceitável essa escalada de ódio contra o PT. Consequência da criminalização proporcionada por alguns setores da sociedade”, avaliou o dirigente.

Para o dirigente, o ataque é fruto de setores que insistem em propagar o golpismo, o ódio e ideias conservadoras. Além disso, ele relembrou que, somente neste ano, dois diretórios regionais da legenda foram alvo de violência em São Paulo.

O secretário de Comunicação do PT, deputado José Américo Dias, também comentou o ataque. “Um ataque político, repleto de ódio. Felizmente ninguém se feriu”, disse.

“Esse ataque de que foi vítima o Instituto Lula, demonstra o quanto é maléfica para a democracia o insidioso processo de demonização em curso. A punição dos responsáveis e a elucidação dos fatos urge!”, afirmou o vice-presidente nacional do PT e coordenador das redes sociais da legenda, Alberto Cantalice, pelo Twitter.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, repudiou o ataque. Para ele, estes atos de “violência e intolerância” são inaceitáveis.

“O ataque ao Instituto Lula é uma agressão à nossa democracia. O Brasil tem um histórico de diálogo pacífico e rejeição a atos violentos, que esperamos que continue e seja ampliado. Minha solidariedade ao ex-presidente Lula e toda sua equipe de trabalho”, disse Rossetto.

O ex-ministro da Saúde e secretário Municipal de Relações Governamentais da prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha, comentou a “escalada de ódio e intolerância”, estimulada por parte da mídia brasileira.

“O atentado ao Instituto Lula nesta madrugada, a sede do PT no Centro meses atrás e as celebridades da intolerância que desfilam pelas redes são expressões do mesmo fenômeno: a escalada de ódio e intolerância estimulada pela maneira como parte da mídia a repercute e com a passividade de forças de segurança e da Justiça”, disse Padilha, em publicação no Facebook.