Sem Foro de São Paulo destinos da América Latina seriam diferentes

“Durante as análises deste 21º Encontro do Foro de São Paulo (FSP) consideramos que sem a criação desse espaço os destinos da América Latina hoje seriam diferentes”, disse no México o dirigente cubano José Ramón Balaguer.

Ricardo Alemão no Foro de São Paulo no México

Em entrevista exclusiva a Prensa Latina, o chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (PCC) assinalou que as esperanças da esquerda em um momento determinado estiveram praticamente desaparecidas e agora ao ver as atividades que se desenvolvem neste ano "nós percebemos a transcendência do Foro de São Paulo".

O também chefe da delegação cubana no 21º Encontro do FSP, que secionou na capital mexicana de 29 de julho a 1 de agosto, realçou que ao surgir o foro criou a possibilidade de que a esquerda comprovasse que qualquer pensamento negativo ou de frustração não tinha razão de ser.

“Conseguiu-se ao discutir e analisar com um sentido de esquerda, de ação pelo povo, pelas massas humildes, pelos pobres e a gente precisada, produto daquele domínio absoluto do capitalismo sobre nossas nações, indicou. Quando falamos deste sistema algo inerente a ele é sua atitude imperial, de domínio sobre todos os seres humanos”, apontou.

Recordou a "luta que o foro travou contra o Tratado de Livre Comércio" e a falha da política neoliberal que demonstrou que o sistema capitalista não oferecia solução aos grandes problemas da população, às necessidades dos povos.

“Não seremos mais o pátio dos Estados Unidos porque América Latina mudou”, precisou. “Os partidos progressistas que hoje integram o foro estão no governo e criam a possibilidade real de conseguir o futuro verdadeiro que deve prevalecer que é a integração latino-americana”, sublinhou.

“Ao surgir a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) cria-lhe ao império uma situação nova, porque seria como a segunda e real independência pela potencialidade que têm nossos povos com quase 600 milhões de habitantes, com toda a capacidade energética que possuem. Há uma organização de intercâmbio do desenvolvimento científico e sobretudo dos povos do Caribe, porque não pode ser esquecido que é América Latina e o Caribe”, insistiu.