Foro de SP e a definição da visão estratégica para a América Latina

Terminou no dia 2 de Agosto a 21ª edição do Foro de São Paulo, um importante espaço de articulação entre partidos comunistas, progressistas e de esquerda da América Latina, em que participam atualmente 105 partidos de 26 países da América Latina. O Foro assinalou os 25 anos da sua primeira edição, realizada em São Paulo e em que participaram Fidel Castro e Lula da Silva.

Por Ângelo Alves, no Jornal Avante!

Ricardo Alemão no Foro de São Paulo no México

Nestes 25 anos esta região do globo mudou muito e, independentemente de recuos e avanços, de maior ou menor consistência política de alguns dos processos, o sentido da evolução daquela realidade é muito positivo e projeta a América Latina para a primeira linha da resistência anti-imperialista. Os resultados dos processos progressistas e revolucionários que ali decorrem são muito palpáveis para grandes massas da população. No plano das relações internacionais, a América Latina é hoje um fulcro dinamizador de relações de natureza anti-imperialista e um importante ator no complexo processo de rearrumação de forças que marca a evolução mundial.

O Foro de São Paulo é hoje um espaço com grandes responsabilidades na definição da visão estratégica para a América Latina. Se na sua primeira edição apenas o Partido Comunista de Cuba tinha responsabilidades governativas, hoje são mais de dez os partidos-membro do Fórum que estão à frente dos destinos dos seus países e é por ali que passa o importante processo de integração latino-americana.

Mas se a confiança e a determinação marcaram esta edição do Fórum de São Paulo, emergiu também a necessidade de unidade e luta contra a renovada ofensiva imperialista e das forças reacionárias latino-americanas. Sabotagem econômica, desestabilização e conspiração, manipulação midiática e dos sistemas de Justiça, recurso a grupos e gangues provocadores fascistas, são os métodos pelos quais o imperialismo tenta, em variados países, fazer aquilo que por via eleitoral não conseguiu nestes 25 anos: derrotar os processos progressistas e voltar a submeter a América Latina.

Se a observação dos trabalhos do Fórum nos permitiu olhar com confiança para aquela realidade e testemunhar o papel central de Cuba socialista neste processo, também nos demonstrou a importância crucial de reforçar a nossa solidariedade com as intensas e decisivas lutas que ali se travam.