Presidente Correa recebe apoio popular em dia de greve opositora

Concentrados em vigília na praça da Independência, centenas de equatorianos partidários do governo da Revolução Cidadã ratificam seu apoio ao presidente Rafael Correa e esperam os opositores que iniciam, nesta quinta-feira (13), uma greve nacional.

Rafael Correa

Diante da convocação à paralisação de atividades, o presidente voltou a chamar ao diálogo e alertou para uma guerra permanente e para golpes brandos internos, que no Equador se denomina restauração conservadora.

Essas elites, sublinhou, entre outras práticas, usam a arremetida brutal mediante métodos ilegais e ilegítimos contra um governo como o equatoriano, com imensa legalidade democrática e apoio popular.

Ele denunciou que com essas ações desestabilizadoras a oligarquia nacional pretende lhe dar um golpe de Estado brando.

Apesar do chamado opositor da Frente Unitária de Trabalhadores e uma fração da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador, os seguidores da Revolução Cidadã acampam em frente ao Palácio do Governo de Carondelet em respaldo a Correa.

A Praça da Independência abriga organizações sociais, de camponeses, trabalhadores e afro-equatorianos, que portam cartazes de apoio à gestão do presidente e à convocação ao diálogo nacional.

A convocação em massa para o diálogo iniciou em junho passado, depois que Correa apresentou projetos de leis de heranças e mais-valia, usados por grupos da extrema-direita para incitar marchas violentas contra o Governo e buscar a desestabilização.

Frente a tais tentativas, o chefe de Estado retirou temporariamente as propostas legislativas – que afetariam apenas 2% dos mais ricos entre os equatorianos – e citou o debate para abordar temas como uma justa distribuição da riqueza.

Mas os grupos opostos ao Executivo negaram-se a participar do diálogo e continuam esquentando as ruas e incitando à desobediência civil.