Bancada comunista mineira se reúne com o governador Pimentel

A bancada comunista reafirmou a necessidade do reforço da luta contra o golpismo e em defesa da legitimidade do governo da presidenta Dilma Rousseff. Os parlamentares avaliaram positivamente a recente reunião da presidenta com senadores – uma demonstração de contraofensiva e de mudança de postura na articulação política de seu governo. A retomada do diálogo e o estreitamento da relação com movimentos sociais brasileiros também foi elencada como uma das ações prioritárias do governo federal.

Os comunistas mineiros posicionaram o seu desconforto em relação à baixa presença e participação junto ao governo de Minas Gerais. O PCdoB foi um dos principais aliados do governador Fernando Pimentel nas eleições de 2014. Para o deputado Federal, Wadson Ribeiro – presidente estadual do PCdoB-Minas – o partido não está sendo devidamente respeitado e reconhecido.

Apesar de compor o primeiro escalão do governo estadual – através da Secretaria de Estado de Turismo –, Wadson enfatiza que o PCdoB possui quadros preparados para colaborar com o atual projeto em curso em Minas Gerais. Ainda segundo ele, Pimentel reconheceu a situação e se comprometeu em retomar o diálogo sobre a atuação dos comunistas em seu governo.

Em relação ao pleito de 2016, foi definida a criação de uma mesa de concentração para debater os projetos eleitorais dos partidos que compõem a base do governo em Minas Gerais. De acordo com Wadson, o PCdoB expôs sua disposição em fazer parte de um esforço conjunto para que os partidos aliados – tanto em âmbito estadual quanto nacional – estejam juntos nas próximas eleições no maior número de municípios possíveis. Ao mesmo tempo, o dirigente estadual reafirmou que o partido não abre mão de suas candidaturas majoritárias nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Betim e Coronel Fabriciano.

A bancada comunista também externou sua preocupação em relação à atuação da polícia militar durante o protesto contra o aumento do preço da tarifa de ônibus, na capital mineira, na última quarta-feira (12). Segundo relatos, os militares dispararam bombas de efeito moral e balas de borracha contra a manifestação que ocorria de forma pacífica.