Latino-americanos criticam política alemã para refugiados

Organizações latino-americanas enviaram uma carta aberta ao governo alemão na qual criticam sua política restritiva para refugiados.

Angela Merkel - AFP

O escrito, dirigido a chanceler federal, Angela Merkel; o ministro do Interior, Thomas de Maiziare; e o premiê do estado de Saxônia, Stanislaw Tillich, refere-se sobretudo à situação desumana nos campos de acolhida.

"A situação dos refugiados viola claramente seus direitos fundamentais", assinala a carta, assinada por quase 50 organizações e personalidades da América Latina.

Eles destacam que "existem cada vez mais pessoas nos acampamentos, vivendo miseravelmente sem aparelhos sanitários e assistência médica".

Simultaneamente, criticam às autoridades alemãs erros no planejamento e negligencia e o aumento em massa de ataques racistas a residências e acampamentos para refugiados.

"É altamente alarmante ver que se tratam esses ataques com passividade e descuido, o que concerne sobretudo à polícia que, em alguns casos, quase tem apoiado os agressores", expressa a carta aberta.

O documento foi publicado pelo Escritório Ecumênico para Paz e Justiça, com sede na cidade de Munique.

Entre os assinantes encontra-se a rede mexicana Todos os Direitos para todos e todas, que agrupa a 75 organizações, a cantora hondurenha Karla Lara e o bispo mexicano Raúl Lado, entre outros.