Dilma reúne líderes da base e diz que está disposta a ir ao Congresso

A presidenta Dilma Rousseff se reuniu na noite desta segunda-feira (31) com os líderes da base aliada na Câmara dos Deputados. O objetivo do encontro com os parlamentares é buscar garantir o apoio na aprovação do projeto de Lei Orçamentária e do plano plurianual 2016-2019. Nesta terça (1º/9), Dilma se reunirá com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Dilma e líderes da bancada no Congresso - Agência Brasil

O líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou: “Eu não estou vendo grandes dificuldades na discussão e aprovação deste orçamento”.

Segundo Guimarães, a economia brasileira irá começar se recuperar no próximo ano, como prevê a proposta do governo.

De acordo com parlamentares, a presidenta Dilma cogita inclusive ir ao Congresso para defender a proposta. Para líder do PSD, Rogério Rosso (DF), será importante a presença da presidente no Congresso para garantir que programas esseciais sejam preservados. "Como sugestão, nós insistimos, é claro. Ela acenou positivamente na análise de que é importante ir ao Congresso”, afirmou o deputado. Segundo ele, Dilma está “muito serena, mas, ao mesmo tempo, muito atenta à questão do Orçamento”.

Dilma ainda aproveitou a reunião para discutir os vetos presidenciais a projetos que serão analisados pelo Congresso na próxima quarta-feira. Entre eles estão uma alternativa ao fator previdenciário e o reajuste dos servidores do Judiciário. Segundo Guimarães, a expectativa é manter as decisões da presidente.

A presidenta Dilma fez um apelo para a manutenção de vetos, alegando que não podem ser derrubados porque isso “desestruturaria” o país, no atual momento econômico.

Os líderes destacaram ainda que a presidenta Dilma teria descartado qualquer aumento de impostos, como tem especulado a grande mídia. Os parlamentares destacaram ainda que a presidenta está aberta a sugestões de incremento das receitas não tributárias, mas que não incluíssem vendas de ativos de “setores estratégicos”, como a Petrobras.

A presidente também pediu que qualquer projeto no Congresso que sirva para destravar os setores de investimentos, tecnologia, educação e mineração tivessem a tramitação acelerada.

Sibá Machado (AC), líder do PT na Câmara, disse ainda que a presidente reconheceu as dificuldades para apresentar qualquer proposta de aumento de tributos.

“Ela não está animada com essa história de novos tributos. Disse que o esforço é por receitas não tributárias e que se alguém tiver alguma sugestão além do que já foi apresentado, pode apresentar. Eu reforcei que nós sabemos que receita tributária não passa no Congresso”, afirma Sibá.