Protestos contra o golpe no Grito dos Excluídos

O 21º ano de saída do Grito dos Excluídos em Salvador foi marcado por manifestações trazidas pelos dezenas de segmentos sociais presentes. A concentração teve início às 9h em frente ao Teatro Castro Alves. As várias pastorais da Igreja Católica levaram suas bandeiras que protestavam contra os assassinatos de jovens na periferia, a falta de apoio aos idosos, em defesa da reforma agrária, pela solidariedade aos portadores do vírus da AIDS e outras.

O Fórum Baiano de Movimentos Sociais integrou o bloco do Grito dos Excluídos com expressiva participação da mitância sindical, da juventude e dos movimentos por moradia. A principal bandeira levantada pelos organizadores da marcha do dia 20 de Agosto foi novamente a defesa da democracia, do mandato da presidenta Dilma, contra o golpe e pela ampliação dos direitos dos trabalhadores. Diversas categorias de trabalhadores levaram para as ruas suas reivindicações , especialmenteos servidores públicos, incnoformados com os impasses em suas campanhas salariais; o movimento de solidariedade a Cuba e à Palestina marcou com presença levando sua a bandeira pelo fim do bloqueio econômico à ilha rebelde e a denúncia do terrorismo sionista.  

A CTB-Bahia marcou presença com seus tradicionais pirulitos com mensagens pelo fim do financiamento empresarial das campanhas, contra o extermínio dos jovens negros e a terceirização generalizada, pela democratização dos meios de comunicação em em defesa da legalidade democrática. O PCdoB mais uma vez levou para as ruas a crítica ao governo municipal com a denúncia da venda da cidade para setores empresariais, a indústria das multas e a cobrança de estacionamento nos shopings, além da tradicional bandeira "Em defesa da democracia, golpe e ditadura nunca mais."

O Presidente Estadual da CTB e membro do Comitê Central e Estadual do PCdoB, Aurino Pedreira, destacou em seu discurso a necessidade de taxação das grandes fortunas no país como forma de uma política tributária mais justa, numa crítica direta ao ajuste fiscal do governo. " Não podemos admitir que os cortes atinjam os aposentados, os trabalhadores, as universidades e a educação. Que os mais ricos paguem pela crise", conclamou. E concluiu: " os movimentos sociais devem se manter mobilizados para evitar que os exploradores do povo voltem ao centro do comando do país, não vamos aceitar ataques à democracia."

Na terça-feira, dia 08/09, às 18h, no SINDAE, os movimentos sociais e partidos de esquerda que estiveram no "Grito", voltam a se reunir para preparar o lançamento da Frente Brasil Popular na Bahia, fórum que vai ser o instrumento dos setores progressistas na resistência ao golpe e de elaboração de propostas para superação da crise.