Wadson e Renegado debatem a participação da juventude na política

Diversas pesquisas que analisaram a participação política dos jovens concluem que eles têm predisposição de se engajar em diversas formas na construção de um país melhor. A pesquisa “Agenda Juventude Brasil” identificou as formas de participação política que mais contribuem para mudar o país, além do voto: 45% dos jovens apontaram a participação em mobilizações de rua e outras ações diretas, 44%, a atuação em associações ou coletivos e 35%, em conferências, etc.

Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União da Juventude Socialista (UJS), Wadson iniciou sua militância política aos 16 anos em Juiz de Fora durante o movimento Fora Collor. À frente da maior entidade estudantil do país, foi um dos protagonistas, no final da década de 1990, da luta contra as privatizações da educação e o sucateamento das universidades brasileiras.

Cantor, compositor, instrumentista e poeta, Flávio Renegado lançou seu primeiro disco “Do Oiapoque a Nova York”, no final de 2008. O álbum – que traz a mistura do hip hop com ritmos brasileiros, latinos e jamaicanos – projetou o trabalho do artista mineiro no Brasil, Estados Unidos e na Europa. O segundo álbum, “Minha tribo é o mundo”, foi lançado em 2011, e apresenta uma sonoridade mais urbana e influenciada pela multiplicidade dos movimentos sonoros contemporâneos.

No ano passado, ele lançou seu primeiro DVD ao vivo, gravado em Belo Horizonte. Os fãs do trabalho do músico mineiro aguardam com ansiedade, ainda no segundo semestre de 2015, o lançamento do EP intitulado “Relatos de um Conflito Particular”, composto por sete faixas inéditas.

Nascido e criado no bairro Alto Vera Cruz, o músico também é reconhecido como liderança comunitária e política. Contestador, Renegado diz em uma de suas canções que “ser rebelde” é um de seus defeitos. A letra repudia uma declaração do candidato tucano ao governo de Minas nas eleições de 2014, Pimenta da Veiga, que durante uma coletiva de imprensa se referiu a índios, negros e jovens como "coisas desse tipo".

Durante a edição deste ano do programa Criança Esperança, da TV Globo, o artista chamou a atenção com a música “Mundo Moderno”, composta especialmente para o evento. Ao abordar a questão do racismo, o rapper disparou na sequência da rima: “Insultos mil: tição, macaco, criolo, complete a lista/ Enquanto a KKK bate panela na paulista”.

Com uma fórmula dinâmica e participativa, o Câmara Ligada reúne uma plateia de 120 estudantes do ensino médio, especialistas, parlamentares e uma banda nacional. O programa intercala os debates de temas de interesse da juventude com a apresentação ao vivo das bandas convidadas.

Também participam como convidados do programa desta sexta-feira, a coordenadora e pesquisadora de projetos da temática ‘Juventudes’ do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Marina Ribeiro e a jornalista Cláudia Maciel, membro-fundadora da Rede Urbana de Ações Socioculturais (Ruas).

Por Mariana Viel, da assessoria do deputado federal Wadson Ribeiro