Rússia bombardeia posições de terroristas do Estado Islâmico na Síria

As forças armadas da Rússia efetuaram nesta quarta-feira (30) ataques aéreos na Síria contra posições do grupo terrorista Estado Islâmico. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou que bombardeiros realizaram ataques de alta precisão contra alvos do EI.

Caça bombardeiro russo utilizado nos ataques contra posições do Estado Islâmico

"Dando sequência à ordem do comandante-em-chefe das forças armadas da Rússia, Vladímir Putin, nossos aviões começaram a operação aérea", informou à imprensa o porta-voz do ministério, Ígor Konachénkov.

"O único modo de combater os terroristas é agir com antecipação e eliminá-los nos territórios ocupados", explicou o presidente russo durante reunião com membros de seu governo. "A Rússia está interessada em reunir todos os países interessados na luta contra o terrorismo e pede a eles que se unam ao trabalho do centro de informação em Bagdá", agregou.

O ministro de Defesa russo, Serguei Choigú, informou aos países da Organização do Tratado de Segurança Coletiva na Síria que seus aviões realizam ataques contra o material bélico e os depósitos de armas e munições do EI.

Por meio dos canais diplomáticos pertinentes, Moscou informou a Turquia sobre seus planos de executar esta operação contra o grupo terrorista, segundo fontes da agência RIA-Novosti na embaixada russa em Ancara.

Após o início do bombardeio, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lávrov, falou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, sobre as implicações da inclusão de seu país na luta contra o terrorismo na Síria.

O chefe da administração do Kremlin, Serguei Ivánov, informou a imprensa de que o presidente da Síria, Bashar Assad, reportou-se com um pedido de ajuda militar à Rússia.

Ivánov destacou, no entanto, que a ação das Forças Armadas da Rússia no exterior trata exclusivamente de operações aéreas, sendo excluído o uso de tropas russas em operação terrestres.

A Rússia vem apoiando o presidente sírio Bashar al-Assad desde o início dos conflitos em 2011. O governo sírio luta contra vários grupos e organizações terroristas, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo Estado Islâmico.

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, declarou no início da tarde que seu país "aplaude" as ações russas na Síria, caso sejam direcionadas de fato contra o Estado Islâmico.