STF abre inquérito para investigar Agripino Maia por corrupção
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou nesta quarta-feira (7) abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Publicado 07/10/2015 16:34
O ministro atende, assim, a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Barroso também determinou o fim do sigilo do caso, que até então corria em segredo. De acordo com a PGR, investigações indicam que o senador teria combinado pagamento de propina com executivos da OAS, uma das empreiteiras alvo da Operação Lava Jato. O dinheiro teria sido desviado da obra do estádio Arena das Dunas, em Natal.
Agripino, que foi coordenador de campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB) nas últimas eleições, é um dos líderes do grupo oposicionista que tenta derrubar o governo da presidenta Dilma Rousseff. A assessoria do senador informou que ele ainda não foi notificado sobre a decisão e que só vai se manifestar após ter acesso às investigações.
Em março deste ano, a ministra Cármen Lúcia, também do STF, já havia autorizado a abertura de inquérito para investigar se Agripino Maia cometeu crime de corrupção passiva. Naquele momento, o pedido também foi feito pela PGR. Maia havia sido citado em delação premiada, feita por George Olímpio, empresário do Rio Grande do Norte, acusado de cobrar propina de R$1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do estado, que é governado pelo DEM.
No novo pedido de inquérito, a PGR solicitou que o caso não fosse remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação Lava Jato no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da operação.