Bloqueio causa sérios prejuízos a comunicação e a informática em Cuba

O bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba durante mais de cinco décadas causa sérios danos ao setor das comunicações e da informática. É justo afirmar também que esse assédio constitui o principal obstáculo para permitir que os cubanos tenham uma infraestrutura adequada destinada a atingir maior acesso a internet.

Conexão à internet - Marcos Santos

Um relatório apresentado por Cuba à Assembleia Geral da ONU propôs que isso acontece porque os Estados Unidos concentram o empório mundial das tecnologias informáticas e exerce um controle hegemônico sobre essa atividade.

Como resultado desta situação, a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, que provê endereços IP e nomes ao resto do mundo, está impedida a prestar serviços a Cuba por estar sujeita às leis do Escritório Federal para as Comunicações e do Departamento de Estado do governo estadunidense.

Esse relatório, que será analisado na sessão do próximo dia 27 de outubro pela Assembleia Geral, explicou que, apesar das visitas de altos diretores do Google à ilha e o interesse de introduzir seus produtos e serviços no mercado cubano, isso tem sido impossível pela vigência desse assédio. Os prejuízos causados ao Estado cubano nessa área foram calculados, só durante o último ano, em cerca de 57.122.900 dólares estadunidenses.

As perdas estão associadas a ingressos que não foram recebidos e à relocalização geográfica do comércio, que chegam a 38 milhões de dólares para a Empresa de Telecomunicações de Cuba (ETECSA).

Isso acontece porque o bloqueio impede o acesso a marcas e equipamentos de alta qualidade e líderes no mercado das telecomunicações distribuídos por empresas norte-americanas.

Por causas parecidas, a empresa cubana Copextel, dedicada ao fornecimento e reparação de equipamentos de telecomunicações, contabilizou perdas por 2,5 milhões de dólares no mesmo espaço de tempo.

Isso acontece enquanto uma maliciosa campanha midiática tenta culpar o Estado cubano, ao acusá-lo de não ampliar o serviço de internet e de outras comunicações no país bloqueado.