Pela democracia UJS derruba mais um boneco de Dilma em Fortaleza

 Nesta sexta-feira (23/10), a aguerrida juventude do Araguaia abraçou mais uma missão em defesa da democracia e contra o golpe: derrubar mais um boneco difamatório da presidenta Dilma instalado numa avenida de Fortaleza. No final da tarde, após algumas tentativas e muitas agressões, Sarah Cavalcante, presidenta estadual da UJS, anunciou:" Conseguimos!" Estava denunciado o caráter truculento e não político do ato golpista.

 O boneco estava localizado no canteiro central da Av. Washington Soares, sobre o túnel em frente do Centro de Eventos do Ceará. O grupo era formado por cerca de 30 pessoas, entre homens e mulheres, que pediam o impeachment e mantinham o boneco, de cerca de 15 metros, cercado por grades, seguranças particulares, pedaços de pau, uma arma calibre 38, e muito ódio e intolerância.

Para Sarah, não se trata simplesmente de furar o boneco “e sim o que ele representa, que é uma afronta às mulheres, aos trabalhadores, à imagem do ex-presidente Lula e da Presidenta Dilma, além de uma afronta ao povo brasileiro. Furar aquele boneco significa defender o povo e os direitos que foram conquistados no período recente”.

Truculência

Diante do histórico de bonecos estourados em todo o Brasil pela brava UJS, o grupo antidemocrático estava mais prevenido. E usou e abusou de práticas fascistas. Além de funcionários identificados com a camiseta escrita “apoio”, o grupo contou com capangas que tiraram fotos, perseguiram e ameaçaram os militantes. No episódio um integrante da UJS foi agredido na cabeça com um porrete e precisou de atendimento médico.

Para derrubar o boneco, a UJS usou um rojão com uma vara madeira de dentro de um carro. O boneco foi atingido na altura do pescoço e desinflou. Ainda foram lançados outros dois rojões, que o esvaziaram mais rápido.

Para Germana Amaral, diretora da UNE presente ao ato, “não dá mais pra aceitar esse clima de ódio que a gente tá vivendo na sociedade. É um pessoal reacionário que escreve ‘direitos petistas’ num pedaço de pau pra bater na gente. Gravaram e espalharam um vídeo chamando eu e a Sarah de vagabundas. Nós temos uma juventude que não aceita esse tipo de clima e de acusação na nossa cidade”.

Para Sarah, a juventude tem importante papel a cumprir. “A gente tá de prontidão. Na luta contraessa onda conservadora, a juventude pode ser a principal protagonista”.

“É muito gritante o ódio desse pessoal. São homens armados com cassetete, brancos, heterossexuais, e muita truculência. Que batem com um pedaço de pau num jovem que discorda deles. Essa direita conservadora não é superior ao debate político. Eles não querem debater as políticas, querem ser truculentos e autoritários. Da mesma forma que eles têm direito de se manifestar, a gente tem de discordar e de não querer que eles estejam lá”, analisou a presidenta da UJS-CE.

Do Vermelho/CE