Síria repudia proposta de mudança de poder feita pelo Ocidente

A Síria reafirmou nesta quinta-feira (5) que repudia a "proposta" de alguns países ocidentais e de organizações internacionais para empreender um período de transição governamental.

Faissal Mikdad

O vice-ministro de Relações Exteriores, Faissal Mikdad, explicou que a ideia partiu de potências ocidentais e de alguns países da região, supostamente para pôr fim ao conflito iniciado em 2011, destaca o site da emissora de televisão libanesa Al-Mayadeen.

"Estamos falando de um diálogo nacional e de um governo de ampla base, como também de um processo constitucional, mas não há nenhuma conversa sobre um período de transição na Síria", sublinhou Mikdad.

A proposta de estabelecer um período de "transição política" na Síria é defendida pelos governos dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia e algumas monarquias do golfo Pérsico, como Arábia Saudita e Catar, que pretendem tirar do poder o presidente Bashar al-Assad.

Em contraposição a essa iniciativa Irã, Rússia e outras nações insistem que não poderá ser alcançado nenhum acordo político que ponha fim à crise síria, sem a participação de Al-Assad.

As declarações de Mikdad foram uma resposta às recentes discussões realizadas em Viena, entre representantes da ONU, Rússia, Estados Unidos, Irã, França, Reino Unido, Alemanha, Arábia Saudita, Turquia, China, Egito, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Líbano, Omã e Catar.

Estes 15 países que se reuniram em Viena, nos últimos dias de outubro, discutem opções políticas para colocar fim a mais de quatro anos de terrorismo na Síria.