EUA: Brics deve fazer mais para resolver crise dos refugiados

O Brics e os países ricos do golfo Pérsico, tais como a Arábia Saudita ou o Catar, devem prestar maior apoio aos refugiados sírios, considera o Departamento de Estado norte-americano.

Entrada da 7ª Cúpula do Brics, em Ufá, Rússia

“Gostaria de ver mais apoio no Oriente Médio por parte dos países do golfo Pérsico que são países relativamente ricos em comparação com a Jordânia ou o Líbano”, afirmou Ann Richard, do Birô para a População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado norte-americano, em entrevista à emissora de televisão C-SPAN.

A assessora do secretário de Estado destacou que alguns países da região, como o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos, participam ativamente da resolução da crise migratória, enquanto a Arábia Saudita e o Catar poderiam contribuir mais.

“Queríamos também mais dos países do chamado Brics – Brasil, Rússia, Índia, China, menos da África do Sul. São países ricos preocupados com o bem-estar da região e que podem e devem fazer mais na esfera humanitária”, acrescentou Richard.

O presidente norte-americano Barack Obama disse que em 2016 os EUA iriam acolher 10 mil refugiados sírios, o que provocou a 'preocupação' por parte do Congresso, controlado pelo Partido Republicano. Eles alegaram que membros do grupo terrorista Estado Islâmico poderiam tentar 'misturar-se' com os milhões de sírios que buscam asilo no estrangeiro.

Por causa da sua situação geográfica, os EUA não sofrem com a crise migratório tal como a Europa sofre. Segundo os dados da Frontex, nos primeiros nove meses de 2015 chegaram à UE mais de 710 mil migrantes. Então, quem deverá fazer mais?