Edinho sobre ato dos caminhoneiros: Não tem pauta, objetivo é político
Em entrevista coletiva após a reunião da coordenação política no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (9), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, destacou a estratégia do governo para aprovação de pautas no Congresso Nacional e comentou sobre o movimento de caminhoneiros.
Publicado 09/11/2015 13:06
Segundo Edinho, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou aos ministros a importância de o Congresso Nacional aprovar as medidas do ajuste fiscal. Dilma voltou a defender que respeita as “bandeiras e divergências partidárias”, mas é preciso colocar os interesses do país acima de interesses políticos.
“Em alguns momentos é fundamental que se coloque, acima de quaisquer outros interesses, os interesses do povo. Neste momento, em que o Brasil passa por dificuldades, é fundamental haver uma agenda de interesse nacional que esteja acima de questões partidárias, que coloque como prioridade os interesses da nação brasileira”, declarou o ministro.
Sobre o movimento dos caminhoneiros, Edinho reafirmou que o governo da presidenta Dilma respeita as manifestações e está aberto ao diálogo, mas não recebeu uma pauta para negociação. A greve dos caminhoneiros começou hoje de manhã em alguns estados.
"No nosso entendimento é uma greve pontual que atinge pontualmente algumas regiões do país. É infelizmente uma greve que se caracteriza como uma aspiração única de desgaste político do governo", afirmou o ministro.
Ele salientou que o ato dos caminhoneiros não foi debatido na reunião, mas frisou que o governo espera uma postura de colocar os interesses da população acima de outras questões.
"Esperamos efetivamente que aqueles que estão envolvidos nessa mobilização, que têm único objetivo de desgaste político, que possam colocar acima de qualquer outra questão os interesses da população brasileira", enfatizou, pontuando que nenhuma entidade representativa dos caminhoneiros procurou o governo para apresentar a pauta de reivindicações, mas destacou que o governo “está sempre aberto ao diálogo”.
“Uma greve, geralmente, vem com questões econômicas, sociais e, geralmente, é propositiva. Mesmo quando se trata de questões políticas, a greve é propositiva. Eu nunca vi uma greve onde o único objetivo dela é gerar desgaste para o governo. Eu penso que, evidentemente, é uma greve que não busca melhorias para a categoria, busca unicamente o desgaste do governo”, ressaltou.