Protestos contra o fechamento de escolas em SP tomam conta do estado

Uma manifestação em defesa de investimentos em habitação popular e contra o projeto de reorganização das escolas estaduais ocorreu nesta terça-feira (10) na Avenida Morumbi, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. De acordo com a Companhia de Engenharia de tráfego (CET), a via, localizada na zona sul, foi fechada pelos manifestantes por volta das 11h45.

Alckmin ignora questionamento de estudante sobre fechamento de escolas - Reprodução/ Facebook

O protesto é organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), Central de Movimentos Populares (CMP) e União dos Movimentos de Moradia (UMM), entidades que compõem o Fórum dos Movimentos Sociais do Estado de São Paulo.

Desde o início do mês passado, quando a proposta da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo prevendo o fechamento de estabelecimentos de ensino com pouca demanda e a transferência de alunos foi comunicada para os diretores das unidades, vários protestos foram realizados no estado.

No dia 26 de outubro, a Secretaria de Educação confirmou que 94 escolas serão fechadas por causa do processo de reorganização da rede estadual. A estimativa da secretaria é de que 311 mil alunos tenham de mudar de escola em 2016. 

Desaprovação 

Além dos protestos nas principais vias da cidade, escolas também estão sendo ocupadas nesta terça-feira (10), por alunos que se recusam a aceitar o fechamento dos seus locais de estudo. Durante a manhã, estudantes da Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, ocuparam o local e realizam nesta tarde uma assembleia para decidir as próximas ações. A Escola Estadual Diadema, também está ocupada por estudantes. Uma assembleia ocorrerá às 19h no local para decidir os próximos encaminhamentos.

Logo após o resultado de uma pesquisa afirmar que 59% da população paulista desaprova o remanejamento dos estudantes, desde o início da semana, o governador Geraldo Alckmin vem aparecendo em inserções na TV e rádio para fazer a defesa do plano de reestruturação das escolas estaduais. A questão é que o governador expõe o plano mas não apresenta justifiativas para as medidas adotadas.