China: Cúpula do G-20 deve eliminar “déficit de governança”

Os líderes chineses participaram de todas as cúpulas na história do G-20. Por meio dessa plataforma, a parte chinesa apoiou o reforço da capacidade de financiamento dos órgãos financeiros internacionais segundo as mudanças do mercado internacional e apoiou os países em desenvolvimento atingidos pela crise financeira internacional.

Portal de entrada da Cúpula do G-20, em Antália, na Turquia

Além disso, promoveu o aumento dos direitos de representação e voz dos países em desenvolvimento nos órgãos financeiros internacionais, impulsionou a reforma da governança financeira global, ajudou a reforçar o sistema de supervisão financeira global e apresentou propostas para a construção de uma economia mundial aberta.

Atualmente, o terrorismo, segurança alimentar e energética, estabilidade econômica, segurança financeira e outros problemas globais continuam a surgir. Assim, a promoção da reforma do sistema de governança global é uma tendência inevitável. A China sempre insistiu que o sistema de governança global precisa equilibrar as vontades e os interesses da maioria dos países do mundo.

Segundo dados estatísticos da Fundo Monetário Internacional, as economias dos países desenvolvidos no total mundial em termos de taxa de câmbio reduziram de 83,6% em 1992 para 61,9% em 2012, enquanto a proporção dos países não ocidentais aumentou de 16,4% para 38,1% no mesmo período. Esses indicadores revelaram o rápido desenvolvimento dos países emergentes e de muitos países em desenvolvimento.

As organizações econômicas e financeiras internacionais, incluindo o FMI e Banco Mundial, devem refletir as mudanças na estrutura internacional, e sobretudo reconhecer a necessidade e inevitabilidade do reforço dos direitos de representação e voz dos países emergentes e em desenvolvimento. No entanto, o projeto da reforma das "quotas" que determinam a importância dos países no FMI ainda não foi elaborado, demonstrando que os países ocidentais não querem abandonar os direitos dominantes que possuem desde longo tempo nos temas internacionais. Além disso, os defeitos nos sistemas políticos de alguns países impediram as mudanças no sistema de governança global.

A China dá grande atenção a cúpula de Antalya e promete promover em conjunto com vários países do mundo o crescimento econômico global, reforçar a governança econômica mundial e impulsionar a reforma e transformação econômica. Neste ano, a China apresentou dez compromissos importantes, envolvendo a mudança no modelo de crescimento econômico, reforma do sistema financeiro, entre outros.

No início deste mês, o presidente Xi Jinping anunciou os objetivos principais da China para sediar a Cúpula de Hangzhou 2016: primeiro, resolver os problemas mais proeminentes da economia mundial, chegar a um consenso ativo sobre o crescimento econômico mundial estável a longo prazo, e tomar ações concretas. Segundo, desenvolver e aperfeiçoar o sistema do G-20 e fortalecer sua posição como principal plataforma de cooperação econômica internacional para promover a igualdade, tolerância e eficiência da governança econômica mundial. Terceiro, com uma atitude de compreensão e respeito mútuo, as diversas partes devem lidar com as divergências e transmitir sinais concretos de união e coordenação do G-20.