Americanos afirmam que Obama não tem planos contra o Estado Islâmico

Mais de 66% dos estadunidenses afirmam atualmente que o presidente Barack Obama não tem um plano para enfrentar o terrorismo do Estado Islâmico, segundo pesquisa publicada nesta segunda-feira (23) pela emissora americana CBS News.

Hollande pressiona Obama por efetividade contra o Estado Islâmico

A pesquisa também afirma que só 23% dos entrevistados dizem que o presidente articulou um "plano definitivo" para a luta contra o grupo terrorista que ameaça agora levar suas atrocidades para os Estados Unidos e outras nações do mundo.

A mesma investigação indica que há um aumento dos que apoiam o envio de tropas estadunidenses para enfrentar os extremistas, tendo agora 50% dos entrevistados a favor dessa ação, quatro pontos percentuais a mais que em agosto.

Cerca de 63% das pessoas acredita que somente as forças terrestres podem obter a eliminação dos grupos terroristas, enquanto 20% pensa que basta atacar pelo ar para se chegar a esse objetivo.

A mesma pesquisa encontrou uma polarização entre os que repudiam receber refugiados sírios no país e os que apoiam essa ação anunciada pela Casa Branca (50% contra e 47% a favor), enquanto que 78% acham que as investigações para permitir a entrada de um refugiado devem ser mais bem escrutinadas.

A Câmara dos Representantes votou na semana passada que o país deve deter o programa de reassentamento de refugiados de Obama até que se possa avaliar "adequadamente" as ameaças terroristas potenciais, algo que segundo os democratas pode demorar até dois anos.

O tema da ameaça terrorista deslocou outros assuntos da mídia, que abordam agora o problema em todos os seus ângulos, ainda que enfatizando as posições dos candidatos democratas e republicanos para as eleições de 2016.

Por exemplo, uma nova pesquisa do Washington Post e da ABC News assinala que a principal candidata democrata e ex-secretária do Estado, Hillary Clinton, tem a maior confiança dos eleitores em relação ao modo como ela pode lidar a com a ameaça do terrorismo comparada ao principal pré-candidato do partido Republicano, Donald Trump.

Cerca de 50% dos estadunidenses, contra 42%, dizem que confiam mais em Hillary que em Trump para enfrentar o problema. O candidato republicano respondeu aos ataques terroristas de Paris afirmando que se deve fazer "uma maior vigilância" das mesquitas estadunidenses e que redobrou sua posição contrária à cessão de refugio para sírios.