Caminhada marca Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher

A caminhada irá percorrer os equipamentos voltados ao atendimento da mulher em Fortaleza. O objetivo é fortalecê-los e alertar a sociedade para o crescimento da violência contra a mulher.

Caminhada marca Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher

Uma parceria envolvendo órgãos da Prefeitura de Fortaleza, do Governo do Estado e os movimentos sociais realiza na próxima quarta-feira (25/11), a partir das 15h, uma caminhada para combater a violência contra a mulher. O ato “Caminhando pela Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência” marca, em Fortaleza, o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher.

A concentração será na Delegacia de Defesa da Mulher e a caminhada passará pelos equipamentos da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher: Juizado da Mulher, Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde, Núcleo da Defensoria Pública da Mulher (NUDEM) e Núcleo Gênero Pró-Mulher do Ministério Público. O encerramento será na Praça da Gentilândia, onde acontecerá uma noite cultural.

Francileuda Soares, membro da União Brasileira de Mulheres (UBM), destaca que a ação conjunta tem grande importância. “Nosso intuito é dar visibilidade às mulheres, fortalecer os equipamentos e garantir seu funcionamento 24h por dia”.

Ainda segundo Francileuda, os números são preocupantes. “Infelizmente Fortaleza é a quarta cidade mais violenta em relação à violência contra a mulher. Recentemente vimos os casos da dançarina cearense e da ex-esposa de um pastor, ambas assassinadas brutalmente por ciúme. Não podemos permitir que casos como esses se repitam”, alerta. Ela também defende a efetivação das medidas protetivas que garantam a integridade das mulheres. “A Lei Maria da Penha é um patrimônio nosso e devemos defendê-la. Somando forças nesta atividade, estaremos garantindo a vida e a proteção das mulheres”.

Mais

O dia 25 de novembro foi declarado Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, no Primeiro Encontro Feminista da América Latina e Caribe realizado na cidade de Bogotá em 1981, como justa homenagem a “Las Mariposas”, codinome utilizado em atividades clandestinas pelas irmãs Mirabal, heroínas da República Dominicana brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960.

Minerva, Pátria e Maria Tereza ousaram se opor à ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, uma das mais violentas da América Latina. Por tal atitude, foram perseguidas e presas juntamente com seus maridos. Como plano para assassiná-las, uma vez que provocaram grande comoção popular enquanto estavam presas, o ditador acabou por libertá-las, para em seguida simular um acidente automobilístico matando-as quando iam visitar seus maridos no cárcere. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício estranguladas e com ossos quebrados.

Em 1999, em Assembleia Geral da ONU, proclamou-se essa data como Dia Internacional para Eliminação da Violência contra a Mulher. A violência contra a mulher é uma questão social e de saúde pública; revela formas cruéis e perversas de discriminação de gênero; desrespeita a cidadania e os direitos humanos; destrói sonhos e dignidade.

Serviço

Caminhando pela Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência

Data: quinta-feira (25/11)
Concentração: 15h
Local: Delegacia de Defesa da Mulher (Rua Manuelito Moreira, 12, Centro).

De Fortaleza,
Carolina Campos