Dirigentes comunistas são alvo de atentado e ameaças na Venezuela

Nas semanas que precedem as eleições do próximo domingo (6), a polarização política se acirra cada vez mais na Venezuela. A direita, opositora ao governo do Grande Polo Patriótico, liderado pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) do presidente Nicolás Maduro, tenta mais uma vez desestabilizar o país para ganhar as eleições. E se perder, não pretende reconhecer a que seria sua 19ª derrota em 20 eleições desde o início da Revolução Bolivariana, com a eleição de Hugo Chávez em 1998.

Oscar Figuera

Enquanto a imprensa internacional, a serviço de interesses imperialistas, noticia com enormes doses de sensacionalismo e manipulação o assassinato de um membro da oposição colocando a culpa no governo (o que foi desmentido logo depois), a violência dessa mesma oposição não merece sequer uma nota de rodapé nos grandes jornais.

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) denunciou nesta segunda-feira (30) um atentado frustrado contra um de seus dirigentes. Alcides Acosta, presidente do Conselho Municipal do município de Cristóbal Rojas de Charallave, teve a parte mecânica de seu veículo sabotada na semana passada. Quando deu a partida, felizmente conseguiu parar antes que ocorresse uma tragédia.

“Isso é um ato de sabotagem, um atentado premeditado contra a vida de um militante comunista”, denunciou Oscar Figuera, secretário-geral do Partido.

Ele também aproveitou para denunciar as recentes ameaças que vêm sofrendo Elena Linarez, membro do Comitê Central do PCV e candidata a deputada pelo Partido na lista do Grande Polo Patriótico, no estado de Miranda. Ela vem recebendo chamadas telefônicas anônimas, nas quais sofre ameaças de morte, inclusive.

“Para nós está claro que os setores ultradireitistas da oposição estão neste plano”, declarou Figuera, que também exigiu do governo nacional as investigações referentes a esses dois casos de violência contra alguns dos protagonistas das eleições de domingo.

O PCV faz parte do Grande Polo Patriótico Simón Bolívar, coligação de partidos de esquerda e movimentos sociais liderada pelo PSUV. Os comunistas são a segunda força política deste bloco e mantêm fidelidade ao processo bolivariano, buscando aprofundar e radicalizar a revolução.