Plano alemão de enviar tropas a Síria gera rejeição e protestos

Em um contexto marcado pela rejeição e os protestos liderados pelo Movimento de Paz, o governo de Alemanha prevê aprovar na sexta-feira (4) uma nova missão militar na Síria, graças a sua maioria parlamentar.

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No debate político, o Secretário Geral do partido social-cristão (CSU), Andreas Scheuer, falou como primeiro representante de um partido governamental sobre a possibilidade de lançar uma "intervenção militar".

O projeto dirige-se a enviar uma missão militar à Síria integrada por 1,2 mil soldados, dos quais a maioria exercerá tarefas de reconhecimento militar.

Em um debate parlamentar, a ministra de Defesa, Ursula von der Leyen, disse que se precisará ao redor de 600 efetivos para a missão de seis aviões de reconhecimento Tornado e outras tarefas de inteligência militar.

Ao redor de 300 soldados serão enviados com uma fragata alemã que acompanhará o porta-aviões francês Charles de Gaulle.

O governo alemão não deu informações sobre a duração da missão militar na nação do Oriente Médio ou nos países vizinhos.

Enquanto isso, o Die Linke, maior da oposição no Parlamento alemão, advertiu que o bombardeio da Síria só ajudará ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) a recrutar novos combatentes.

O chefe da bancada socialista, Dietmar Bartsch, criticou -ademais- a falta de uma estratégia política para a missão militar.

"Se entramos em uma aventura militar, temos que ter também uma estratégia de saída", agregou Bartsch.

A presidenta da bancada dos Verdes, Katrin Goehring-Eckardt, qualificou o envio de tropas de superficial e não sistemático.

Para a tarde de hoje, grupos do movimento pela Paz e o Die Linke organizam uma manifestação contra a missão militar em Síria.