Evaldo Lima defende mobilização contra o golpe nas redes e nas ruas

Segundo o parlamentar, o atual quadro pede momentos de intensa luta popular pelo estado democrático de direito, com convocação movimentos sociais e frentes parlamentares para o confronto diante de interesses golpistas. Evaldo defendeu a batalha política do povo contra o golpe nas ruas, nas tribunas e nas redes sociais.

"Diante de um confronto decisivo para o presente e o futuro do Brasil, o PCdoB expressa a convicção de que só há um caminho a seguir, só há uma atitude a tomar: lutar, mobilizar amplos setores da Nação, pressionando a Câmara dos Deputados para rejeitar esse processo fraudulento de impeachment. (…) É hora de travar a batalha política de ideias, nas ruas, nas tribunas, nas redes sociais e desmascarar a trama do impeachment, denunciar o golpe, enfim, fazer chegar ao povo a interpretação correta da luta que se trava", destacou Evaldo Lima ao ler o texto do partido, aprovado pelo Comitê Central do PCdoB no último domingo, em São Paulo.

Sobre as motivações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Evaldo Lima lembrou do histórico escandaloso do parlamentar e suas motivações pessoais para pedir a queda de Dilma. O vereador citou, ainda, os exemplos de Cid Gomes e Ciro Gomes, que recentemente definiram bem os articuladores da tentativa de golpe tramada no Congresso.

"Quero lembrar que o ex-ministro da Educação Cid Gomes ocupou, corajosamente, a tribuna da Câmara dos Deputados e conseguiu decifrar aquilo que representa o presidente da Casa. O que há de mais atrasado, a pauta mais conservadora. O ex-ministro colocava que o Eduardo Cunha é um achacador. É isso. Vende dificuldades para colher facilidades, e no seu caso, facilidades pessoais relacionadas ao próprio enriquecimento. Da mesma forma, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes também decifrou Michel Temer. Colocou-o como capitão do golpe", afirmou o comunista.

Evaldo Lima acusou também, citando a resolução do PCdoB, o papel do PSDB e de Aécio Neves – derrotado por Dilma nas eleições presidenciais em 2014 – como aliança de Cunha na tentativa de derrubar fundamentos da democracia nacional. "Setores da grande mídia, cúmplices desse atentado ao Estado Democrático de Direito, fazem intensa e enganosa campanha para tentar convencer a opinião pública de que tudo ocorre sob o resguardo da legalidade. Mas a verdade é uma só: um golpe está em marcha no Brasil e a democracia corre sério risco".